CRIQUÉ CAIÇARA: EDUCAÇÃO POPULAR CAIÇARA ATRAVÉS DAS MÃOS DAS ARTESÃS DA JUREIA-IGUAPE/SP

PAULO CESAR FRANCO

Trata-se de um relato de experiência com artesãs que praticam a educação popular caiçara através da confecção do artesanato da caxeta (Criqué caiçara) por meio de uma entidade de caiçaras intitulada associação dos jovens Jureia-AJJ que luta por território, resgate cultural e geração de renda para comunidade local e adjacente.

Educação Popular e ed.sociais / Popular education and the social educators

DESENVOLVIMENTO HUMANO PARA EDUCADORES

LUIZ BONASSI

A Seta Desenvolvimento é uma instituição de treinamento em desenvolvimento humano voltada para a reeducação dos comportamentos através da mudança de pensamentos e emoções. Ajudamos educadores  a mapearem as áreas de sua vida e a traçar estratégias para desenvolver aquelas que identifica como prioritárias ou problemáticas

Identidade de ed.sociais / Identity of the social educators

LLEGADA DE CORRIENTES RELIGIOSAS AFRICANAS A AMERICA LATINA

LUISA BEATRIZ AGUINAGA SENA

Es un  PP que nos muestra una investigación de la llegada de los africanos al continente americano y como sus costumbres y creencias religiosas se amalgamaron con las poblaciones  autóctonas amerindias , españolas y portuguesas.Algunas de las cuales aun hoy en día se mantiene intactas gracias a la transmisión puramente oral de generación en generación.

Movimentos sociais e grupos comunitários / Social movements and community groups

POSSIBILIDADES DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: O QUE PENSAM OS PROFESSORES SOBRE EDUCADORES SOCIAIS QUE ATUAM NA AMPLIAÇÃO DA JORNADA ESCOLAR

PATRICIA FLAVIA MOTA

Este trabalho tem como objetivo verificar a possível existência de representações sociais entre os professores de um CIEP em Duque de Caxias/ RJ., sobre educadores sociais que atuam na educação em tempo integral. Como essas representações condicionam os espaços educativos, currículo, tempo escolar, legislação e políticas públicas naquela realidade escolar, nos processos de ampliação da jornada? É o que esse trabalho propõe trazer a discussão

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

A CRIANÇA/ADOLESCENTE AUTOR DE ATO INFRACIONAL, A ESCOLA E O EDUCADOR SOCIAL

JACYARA SILVA DE PAIVA

Este artigo se propõe a refletir de forma compreensiva sobre ser criança e adolescente autor de um ato infracional, como este é visto pela sociedade, quais as politicas públicas pensadas e colocadas em práticas para estas crianças e adolescentes, como a escola enquanto instituição o tem acolhido em suas demandas, como o Estado tem pensado no Educador Social para estar neste espaço público promovendo o acolhimento desta criança e adolescente, autor de ato infracional.

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

PONTO DE CULTURA ALDEIA DAS ARTES NA CASA CRESCER E BRILHAR: O ACOLHIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES E A COMUNIDADE EM SÃO VICENTE-SP.

BERTHOLDO MAURICIO DA COSTA

O Serviço de Acolhimento de Crianças Casa Crescer e Brilhar de São Vicente-SP, teve através de convênio com o município recursos do Ministério da Cultura para que a instituição ganhasse um Ponto de Cultura. Nos três anos de vigência do convênio foram ministradas atividades em nove oficinas culturais entre elas Dança de Salão, Artes Circenses, Teatro, Centros de Cultura e Bibliotecas no Brasil, Africanidades, Artes Plásticas, Fotografia, Canto e Memória Oral. O trabalho envolveu a comunidade.

Atuação nos Campos da Cultura, Arte-educação e Lazer / Acting in the culture, art-education and leisure fields

EXPERIENCIAS DE TRABAJO PARA LA CIUDADANÍA CON MUJERES Y HOMBRES ADOLESCENTES HÑÄÑHÖ, MÉXICO.

LAURA CECILIA ORDÓÑEZ ALCALÁ

La ponencia se centra en generar una reflexión de los resultados del acompañamiento que ha realizado Colectivo RED en la puesta en marcha de acciones que buscan combatir brechas de las condiciones socioculturales en las que se desarrollan mujeres y hombres adolescentes indígenas hñäñhö próximos a egresar del bachillerato. Los procesos reflexivos sobre las condiciones de las y los adolescentes, posibilita que se problematice sobre su ingreso a la educación superior en las Universidades Públicas.

Educação Popular e ed.sociais / Popular education and the social educators

A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO POPULAR NA PEDAGOGIA SOCIAL E EDUCAÇÃO SOCIAL NO BRASIL: ANÁLISES DAS CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS TEÓRICAS DESSAS ÁREAS

ERCÍLIA MARIA ANGELI TEIXEIRA DE PAULA

Nas produções acadêmicas no Brasil das áreas da Pedagogia Social e Educação Social, a fundamentação teórica destes campos têm como marco fundante as obras de Paulo Freire. O objetivo deste trabalho é discutir as convergências e divergências teóricas dessas áreas em relação a Educação Popular. A metodologia foi a revisão de literatura de produções acadêmicas do período de 2000 a 2016. Os resultados apontam que referenciar Paulo Freire não garante a proposição de práticas educacionais libertárias

Educação Popular e ed.sociais / Popular education and the social educators

A EDUCAÇÃO COMO FERRAMENTA DE RE(EX)ISTÊNCIA CULTURAL DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS

WENDEL DA CRUZ BATISTA

O artigo objetiva analisar de que forma a educação preserva a cultura de comunidades tradicionais, evitando a apropriação e o esquecimento das tradições. Para isso, fizemos o uso de teóricos que propõe uma educação emancipadora. Além disso, enfocamos a função social da escola e o seu diálogo com as comunidades tradicionais locais. Compreendendo como a educação formal necessita ser mesclada à realidade local, realizando a conexão escola-comunidade, e relacionando às noções de cultura e diversidade.

Movimentos sociais e grupos comunitários / Social movements and community groups

ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO: A MULHER ENQUANTO FRONTEIRA DE DUAS ESFERAS

KARINA OLIVEIRA MORAIS DOS SANTOS

A pesquisa “Entre o público e o privado: a mulher enquanto fronteira de duas esferas” busca refletir, em uma perspectiva histórico-social, a construção da esfera pública em dicotomia a vida privada, a fim de elucubrar como a mulher é situada nessas fronteiras. Refletir tanto a participação das mulheres na organização da vida pública, institucionalmente, quanto a garantia de acesso e livre circulação, é de suma importância para que o debate de gênero avance com vistas ao fortalecimento da democracia.

Ed.sociais e Feminismos, Genero e Diversidade / Social educators and feminisms, gender and diversity

QUE O FUTURO NÃO NOS SEJA INDIFERENTE: O DEBATE ESTRATÉGICO E OS DESAFIOS DA REORGANIZAÇÃO DA ESQUERDA BRASILEIRA

JESSY DAYANE SILVA SANTOS

O artigo apresenta uma interpretação sobre o atual momento político no Brasil, com foco na crise política que culminou num golpe institucional-midiático-jurídico. Trazendo uma abordagem histórica e crítica sobre a esquerda brasileira, em especial o PT, além de um paralelo histórico relacionando com os acontecimentos mundiais e seus impactos na conjuntura nacional. Por fim, apresenta possíveis alternativas à necessária reorganização da esquerda brasileira para enfrentar e superar essa crise política.

Movimentos sociais e grupos comunitários / Social movements and community groups

FORA DA SALA DE AULA: EXPERIÊNCIAS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PARA FORMAÇÃO DE EDUCADORES SOCIAIS NO RIO DE JANEIRO.

ARTHUR VIANNA FERREIRA

Esse presente relato tem como objetivo apresentar os principais resultados do Projeto de Extensão universitária intitulado ‘Fora da Sala de Aula’ organizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro que promove a formação inicial e continuada de educadores sociais, a aproximação dos graduandos de licenciaturas da Universidade das práticas socioeducativas realizadas para os grupos empobrecidas no Rio de Janeiro e o fortalecimento da identidade profissional do educador social na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Estratégias de formação de ed.sociais / Education, strategies of the social educators

A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO MOLA PROPULSORA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA

AGNALDO ROLIM DE MOURA

O Projeto de Extensão Aluno Consultor UNA, oferece serviços de Assessoria, Consultoria e Capacitação para empreendedores Solidários a custo zero. O projeto iniciou em 2014 uma parceria com empreendimentos da ECOSOL de Contagem/MG e com a parceria foi realizada uma pesquisa, e como resultado criou-se o PDESC (Programa de Desenvolvimento da ECOSOL de Contagem). Com o PDESC em 2015 e 2016, foram desenvolvidos serviços de Assessoria e Consultoria para 140 empreendimentos de ECOSOL, e Capacitação e Treinamento para 300 empreendedores da ECOSOL de Contagem e região metropolitana de BH.

Educação Popular e ed.sociais / Popular education and the social educators

NOSSA ESCOLA É EM TODO LUGAR

BRENO AYRES CHAVES RODRIGUES

O presente trabalho traz os contextos de surgimento do projeto “Nossa escola é em todo lugar”, realizado em São Vicente/SP, e um relato de experiência deste. Esse projeto é proposto pelo Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência. Seu objetivo é produzir e sistematizar uma experiência inovadora de alfabetização integral que ofereça ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Vicente, subsídios para a formulação de políticas públicas que poderão ser incorporadas ao Plano Municipal Decenal de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente.

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

AÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA VOLTADAS À GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS COM A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

GIOVANNA RAMOS MACCARI

O Projeto de Extensão “Ações da Extensão Universitária Voltadas à Gestão Integrada de Resíduos Sólidos com a Educação Ambiental” visa promover a redução e reutilização dos resíduos sólidos a partir de oficinas socioeducativas com o público-alvo, no caso alunos do sétimo ano do ensino fundamental do Colégio de Aplicação Pio XII, localizado em Campinas – SP. Essa Gestão Integrada se remete à destinação adequada e a minimização da geração através da redução na fonte geradora e reciclagem, já que um dos maiores problemas enfrentados pelos países atualmente é a geração de resíduos sólidos.

Ambientalismo e ed.sociais / Environmentalism and social educators

MOMENTOS DECISIVOS DE EDUCAÇÃO E SOCIEDADE EM “ATRAVÉS DO BRASIL”

GABRIELA FERNANDA SÊJO

Publicado em 1910 e reeditado até os dias atuais, Através do Brasil, de autoria de Olavo Bilac e Manoel Bomfim, está entre os maiores fenômenos da edição de livros didáticos no país, com 67 edições. A partir da edição de 1931 analisamos o personagem Juvêncio. Ele aparece na obra não com um saber adquirido na escola, mas na vida. O “mulato” mesmo não indo para a escola aprendeu em seu ambiente de trabalho. O objetivo do trabalho é trazer reflexões sobre a educação do “mulato”, mostrando também que isso é um assunto de época. Com isso, contamos a história dos vencidos, aqueles que não aparecem na história oficial muitas vezes.

Educação Popular e ed.sociais / Popular education and the social educators

O QUE SE ESPERA DE UM EDUCADOR SOCIAL? ATRIBUIÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO EDUCADOR SOCIAL NO RIO DE JANEIRO.

ARTHUR VIANNA FERREIRA

Essa pesquisa tem como objetivo investigar as principais atribuições impostas ao trabalho do educador social e, que se tornam elementos identitários dessa profissão no Rio de Janeiro. Assim sendo, a pesquisa identificou os últimos editais de concursos – e outras formas de seleção – para educadores sociais em todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro, averiguou os conteúdos exigidos para esses trabalhos nos distintos espaços socioeducativos e comparou as discrepâncias no que se refere as atribuições, pertenças grupais e demandas de trabalhos desses profissionais que constituem parte da sua identidade profissional na sociedade fluminense.

Identidade de ed.sociais / Identity of the social educators

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS: NOVOS DESAFIOS FRONTEIRIÇOS DA EDUCAÇÃO SOCIAL COM GRUPOS EM RISCO SOCIAL

AZEVEDO, SÍLVIA & CARIDE, JOSÉ ANTONIO

No cenário de vulnerabilidade social, na Europa, a Educação Social reúne as condições essenciais, para se propor como metodologia de intervenção sociopedagógica, capaz de reforçar a diversidade de valores, saberes e competências: sociais, pessoais, educativas e formativas, de adultos em risco social. O presente artigo tem como objetivo propor a Educação Social, enquanto praxis da pedagogia social e instrumento complementar, na inclusão socioeducativa e formativa de grupos em risco social, em Portugal e na Galiza. Pretende-se com este trabalho, desafiar a partilha de metodologias socioeducativas, entre fronteiras, no campo da Educação e Formação de Adultos

Ed.sociais na educ. jovens e adultos / Social Educators and the young and adults literacy

LA FORMACIÓN DE LOS EDUCADORES SOCIALES EN LA UNIVERSIDAD: UNA EXPERIENCIA ALTERNATIVA DE INNOVACIÓN.

FRANCISCO JAVIER GARCÍA PRIETO Y MANUEL DELGADO GARCÍA

La innovación educativa es una demanda social y educativa, en un sistema educativo en el que diferentes informes señalan de obsoleto, ya que no responde a las necesidades de hoy ni a las del futuro. En este contexto, se plantea un proceso de investigación y formación de carácter innovador en el marco de la investigación-acción con los estudiantes universitarios del Grado de Educación Social de una universidad pública presencial (UHU). Los resultados muestran la propensión hacia la construcción del conocimiento (no reproducción), la mayor funcionalidad de los aprendizajes en el mundo social, la transferencia desde prácticas socioeducativas, y la implicación sustantiva de cada estudiante.

Estratégias de formação de ed.sociais / Education, strategies of the social educators

GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA: DO CONFLITO A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA

ROBERTA POLTRONIERI

O artigo apresenta uma análise das concepções sobre diversidade de gênero e os novos arranjos familiares que estão presentes no cotidiano escolar, além da identificação do trabalho docente com o tema. A discussão diz respeito à sociedade mais ampla, já que a escola é local de convivência, as temáticas discutidas estão inseridas no currículo, possibilitando contribuições e reflexões na comunidade educacional acerca da diversidade existente na escola/sociedade.
O objetivo pondera sobre a construção do sujeito crítico e participante em sociedade a partir de uma construção Democrática na escola. O método de pesquisa é a análise de trabalhos realizados em sala de aula, no interior do Rio de Janeiro.

Ed.sociais e Feminismos, Genero e Diversidade / Social educators and feminisms, gender and diversity

GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA: DO CONFLITO A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA

FRANCIS PAULA CORREA DUARTE

O artigo apresenta uma análise das concepções sobre diversidade de gênero e os novos arranjos familiares que estão presentes no currículo escolar, além da identificação do trabalho docente com o tema. A discussão diz respeito à sociedade mais ampla, já que a escola é local de convivência, as temáticas discutidas estão inseridas no currículo, possibilitando contribuições e reflexões na comunidade educacional acerca da diversidade existente na escola/sociedade.
O objetivo pondera sobre a construção do sujeito crítico e participante em sociedade a partir de uma construção Democrática na escola. O método de pesquisa é a análise de trabalhos realizados em sala de aula, no interior do Rio de Janeiro.

Ed.sociais e Feminismos, Genero e Diversidade / Social educators and feminisms, gender and diversity

CONTADORES DE HISTÓRIA “MÁRIO GRUBER”2016- CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS EM TEMPOS DE SUSTENTABILIDADE

MONICA MADEIRA FREITAS

O Projeto Contadores de Histórias “Mário Gruber” foi desenvolvido para que jovens alunos de ensino Médio possam levar esta experiência de contar histórias na construção da solidariedade, compreendendo e apoiando a construção de um mundo que necessita de pessoas que redirecione para auxiliar a Educação para a Paz. Capacitação de alunos da series finais do Ensino Médio e professores para serem agentes modificadores e que possa compreender a sustentabilidade de um ser digno e cidadã do mundo. Dentro de um processo pedagógico a compreensão de formar(voluntários) contadores de historia no Ensino Médio abre uma janela de possibilidades de (re) criar a leitura constante de livros “paradidáticos” que retomam leituras iniciais dos nossos alunos no inicio da sua vida acadêmica e como projeto de vida.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social Educators and the young and adults literacy

MULHERES BENEFICIÁRIAS DO BOLSA FAMÍLIA: A EDUCAÇÃO FINANCEIRA E AS CONDICIONALIDADES

MIRIÃ NOELIZA VIEIRA / ANDRESSA PURETZ

O Bolsa Família, sendo um Programa de Transferência de Renda direta às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, está baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e acesso aos serviços públicos, a educação, saúde e assistência social. Neste artigo temos por objetivo analisar a implementação do curso “Futuro na mão: dando um jeito na vida financeira” que tem finalidade auxiliar as mulheres beneficiárias do Bolsa Família na melhoria das condições de vida em conjunto com as condicionalidades do Programa, com relação a educação. Sendo assim, buscaremos considerar o impacto desses programas na vida destas mulheres beneficiarias do Bolsa Família com base na vivência destas que buscam o Centro de Referencia de Assistência Social – CRAS, em especial a Unidade 31 de Março na cidade de Ponta Grossa-PR.
Palavras-chave: Bolsa Família, Condicionalidades, Educação Financeira.

Ed.sociais e Feminismos, Genero e Diversidade / Social educators and feminisms, gender and diversity

EXPERIENTIAL LEARNING INTERNATIONAL ACTION-RESEARCH PROJECT FOR YOUNG PEOPLE

DARIO FORTIN

The international cooperation project aims to increase the knowledge and dissemination of methods, roles and effective educational content in the field of social health, in order to promote social inclusion, health, peace and the democratic participation of citizens. Particular attention is given to vulnerable persons and their fundamental rights, with a focus towards children and younger population groups.
I introduce innovative methods of intervention and flexible to the specific needs of different local areas involved in action research, from São Leopoldo (Rio Grande do Sul), São Paulo and Trentino (Italy).
The following stakeholders at the local, national and international level are involved: social educators, academics, researchers, students, volunteers, young people in the civil service, trainers, policy makers and street childrens, to acquire new knowledge in the fundamental areas of learning.

Estratégias de formação de ed.sociais / Education, strategies of the social educators

LA CULTURA LIBRE Y EL SOFTWARE CULTURAL : ACCESO AL CONOCIMIENTO EN LA EDUCACIÓN

URIEL JOSE CASTELLANOS AGUIRRE

El presente trabajo tiene como propósito presentar y discutir la cultura libre y el software cultural como medio para permitir el acceso al conocimiento en la educación. Se parte que la cultura va as allá de como la conocemos ahora, ya que abarca los conjuntos de saberes, creencias y pautas de conducta de los grupo sociales, asimismo aúna patrones complejos de comportamientos, costumbres, tradiciones y hábitos que trae consigo, mecanismos de control para organizarse, ya que que el pensamiento humano es básicamente tanto social como público. De esta manera, se toma en cuenta que el auge de la cultura libre provoca nuevas prácticas de conducta en los grupos sociales, las cuales deben ser analizadas. Este artículo tiene como objetivo: analizar las características de la cultura libre y el software cultural para favorecer el acceso al conocimiento en la educación. Mediante el análisis de la cultura libre y las características del software cultural que la componen, con la compilación de los aportes de otros autores en la educación, se plantea el acceso al conocimiento para el desenvolvimiento con mayor facilidad en la sociedad contemporánea.

Tecnologias de Informação e Comunicação e midialivrismo / Information and communication technologies and the free medias movement

ORGANIZAÇÕES JUNIORES COMO PRÁTICA DE EDUCAÇÃO SOCIAL PROFISSIONALIZANTE

CRISTIANE ISABEL CANELLA

Com orientação do/a educador/a, os temas trabalhados no projeto sócio educacional (como, cidadania, identidade, sexualidade, trabalho infantil, dentre outros) através de dinâmicas e/ou roda de conversa (com auxílio ou não de outros meios pedagógicos como livros e vídeos) são vivenciados pelos/as jovens em uma pequena organização fundada por eles/as próprios. Essa organização formada pela turma é setorizada em comunicação, projetos, divulgações e apoio. Então a turma cria projetos, formaliza, organiza, prepara e os realizam em formas de ações que podem ocorrer dentro da comunidade ou como participação em eventos do município. Depois fazem a divulgação de suas realizações através das redes sociais, seminários e em uma grande feira. Essa organização tem como objetivo principal viabilizar a construção de sentido do que é trabalho, do controle de seus fluxos para sua organização, além de garantir a apropriação e reconhecimento das problemáticas que cada temática propõe à juventude. Isso tudo sem deixar de priorizar o desenvolvimento da autonomia dos/as participantes, das relações inter e intrapessoais, e do reconhecimento de si como sujeito de direitos.

Profissionalização e/ou Regulamentação / Professionalization and regulamentation

IDENTIDADE

FULVIA NEGRI GOULART E TATIANA KELLY DEOCLIDES DE ABREU

Este trabalho será dividido em duas partes.
Na primeira parte vamos compartilhar nosso planejamento coletivo (órganon), acreditamos ser o melhor caminho para nossas práticas, nesse planejamento coletivo, encontramos um tema central para ser trabalhado durante o ano, e chamamos de ‘’Super Objetivo’’, que é escolhido através das necessidades que são percebidas nos comportamentos das crianças e adolescentes, geralmente encontramos e trabalhamos alguns aspectos específicos, tais como, a aceitação racial, identidade, gênero, atributos físicos e sociais, pois as crianças e adolescentes que desfrutam dos serviços oferecidos pelo Projeto Caná, muitas vezes encontram-se com baixa autoestima, devido ao contexto que estão inseridos, pois a grande maioria residem na Comunidade do Ferradura Mirim, um lugar com alta vulnerabilidade social, cujas as expressões da questão social destaca-se o tráfico de substâncias psicoativas, gerando um alto grau de violência.
Na segunda parte do trabalho, será relatada a prática de educadores sociais através de uma pequena exposição de fotos em um bunner.Serão realizados relatos sobre experiências e vivencias de educadores sociais.

Ed.sociais e Feminismos, Genero e Diversidade / Social educators and feminisms, gender and diversity

ARTE E POLÍTICA: PRODUÇÃO DE VÍDEOS NA OFICINA DE LINGUAGEM AUDIOVISUAL DA ESCUELA LIBRE DE CONSTITUCIÓN, BUENOS AIRES, ARGENTINA.

MARINA MAYUMI BARTALINI

A Escuela Libre de Constituición é uma escola localizada na cidade de Buenos Aires, Argentina, que trabalha em consonância com a Educação Libertária. Funciona e se organiza de maneira autônoma ao Estado buscando a partir da autogestão manter seu espaço físico e diluir as hierarquizações entre estudantes e professores através da organização de assembleias. No presente texto, compartilho um pouco das experiências que vivenciei como educadora na oficina de Linguagem Audiovisual entre 2013 e 2015. Estas oficinas, que acontecem até os dias de hoje, e trabalham temas advindos das problemáticas do bairro Constitución e sua relação com xs estudantes da escola. A partir de atividades disparadoras de idéias para a produção de vídeos, foram feitos mapeamentos afetivos do bairro, saídas fotográficas e conversas sobre nossas vivências para assim produzir vídeos coletivos.
Busco no presente trabalho relacionar minhas práticas com algumas leituras que nos ajudem a pensar as práticas em Educação Libertária atuais a partir de textos de Élisée Reclus quanto à importância do caminhar/experimentar e a impossibilidade de aprendizado sobre o espaço através de mapas.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social Educators and the young and adults literacy

A CONCEPÇÃO DE MULHER RETRATADA PELOS DIFERENTES GÊNEROS MUSICAIS: PROPOSTAS DE PESQUISAS EM POLÍTICAS DE IDENTIDADES E IDENTIDADES POLÍTICAS

DIEGO AZEVEDO GODOY

Esta pesquisa se fundamenta pela ótica da Psicologia Social Dialética de Lane (1984), passando por autores como: Goffman (1977), (2004), Ciampa (1977), (2002), Honneth (2003), Habermas (1983) e principalmente os pressupostos da teoria da Identidade de Ciampa (2007). O objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta de pesquisa que tem como foco a busca pela compreensão de como o feminino é retratado por diferentes estilos/gêneros de música do Brasil. O texto se desenvolve em um formato que veio a partir de um projeto de pesquisa e foi re-escrito modificando alguns aspectos mais investigativos para aspectos mais reflexivos para a discussão da temática. A metodologia que amparará esse estudo é qualitativa. Começando através de uma perspectiva histórica e bibliográfica, levantando dados de obras publicadas, logo, à metodologia passará por uma segunda etapa, onde o campo será as entrevistas de narrativas de histórias de vida profissional de musicistas femininas dos diferentes estilos/gêneros estudados, para obter uma escuta ativa da própria autora feminina que constrói/retrata os vários femininos em sua música. Dando ênfase no âmbito dos estudos das Políticas de Identidades e Identidades Políticas.

Ed.sociais e Feminismos, Genero e Diversidade / Social educators and feminisms, gender and diversity

EDUCACIÓN SOCIAL EN LA UNIVERSIDAD Y EL ESTADO

NOELIA CLAUDIA DE LA RETA

Esta iniciativa tiene como fin suscitar la concientización de las personas para mejorar la relación ambiente y calidad de vida, lo que impacta directamente en el cuidado de los recursos, en este caso mediante una experiencia llevada a cabo en la Universidad, comenzando a instalarlo en el Comedor donde asisten dos mil estudiantes por día, como “Comedor Ecológico” & Se trata de concientizar en las personas el uso responsable de los recursos con oficinas públicas saludables, mediante el consumo responsable de energía, reducción del uso del agua, reducción del uso del papel, clasificación y tratamiento de residuos, para luego trasladar la experiencia hacia el resto de la Universidad y Sociedad en su conjunto. & Este proyecto reafirma la idea del Comedor Universitario como un espacio de integración y socialización de hábitos y pretende incorporar a través de sus diferentes ejes, acciones que promuevan la formación de ciudadanos críticos y comprometidos, capaces de protagonizar acciones que respondan a la crisis ambiental emergente. &También el comedor amigable, accesible y cultural, como un espacio de encuentro de universitarios, un espacio de prácticas de la educación Social y de generación de espacio para el desarrollo y ejercicio desde las prácticas de los estudiantes de educación social.

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

COMEDOR UNIVERSITARIO Y LAS PRÁCTICAS EN EDUCACIÓN SOCIAL

PABLO DANIEL MASSUTTI

Esta iniciativa tiene como fin suscitar la concientización de las personas para mejorar la relación ambiente y calidad de vida, lo que impacta directamente en el cuidado de los recursos, en este caso mediante una experiencia llevada a cabo en la Universidad, comenzando a instalarlo en el Comedor donde asisten dos mil estudiantes por día, como “Comedor Ecológico”
Se trata entonces de concientizar sobre el uso responsable de los recursos con oficinas públicas saludables, mediante el consumo responsable de energía, reducción del uso del agua, reducción del uso del papel, clasificación y tratamiento de residuos, para luego trasladar la experiencia hacia el resto de la Universidad y Sociedad en su conjunto.
Este proyecto reafirma la idea del Comedor Universitario como un espacio de integración y socialización de hábitos y pretende incorporar a través de sus diferentes ejes, acciones que promuevan la formación de ciudadanos críticos y comprometidos, capaces de protagonizar acciones que respondan a la crisis ambiental emergente.
También el comedor amigable, accesible y cultural, como un lugar de encuentro de universitarios, un espacio de prácticas de la Educación Social y de generación de posibilidades para el desarrollo y ejercicio desde las prácticas de los estudiantes de la Tecnicatura Universitaria en Educación Social.

Ambientalismo e ed.sociais / Environmentalism and social educators

MULHER QUE VEJO: UMA EXPERIÊNCIA COM FOTOGRAFIA POPULAR E FEMINISMOS ENTRE TRABALHADORAS DA LIMPEZA URBANA DE GOIÂNIA (GO)

RALYANARA MOREIRA FREIRE

Ao pensar as intersecções entre gênero, classe e raça, o Coletivo de Mulheres da Comurg – empresa responsável pela limpeza urbana da cidade de Goiânia (GO) – contribui para a atualização do que seja comunicação popular e participativa, movimentos sociais, ações afirmativas e educação social no estado de Goiás. Tal perspectiva é possível através de pesquisa que prevê a intersecção “Antropologia, Comunicação e Fotografia Popular”. Como aliada metodológica está à observação participante, revisão bibliográfica e ações compartilhadas que consigam convergir categorias de análise como ações afirmativas, feminismos e comunicação popular. Os dados para esta análise foram levantados a partir das atividades do III Seminário do Coletivo de Mulheres da Comurg, quando cerca de 150 trabalhadoras passaram por uma oficina de fotografia e disponibilizaram material para uma exposição realizada no dia do Seminário. Além disso, elas ainda compuseram durante o Seminário, a mesa-relato “A mulher que vejo!” A hipótese é de que a Comunicação e a Fotografia Popular se constituem como ações capazes de aglutinar diferenças interseccionadas como gênero, classe e raça e, ainda que orientadas pela ação cotidiana, as mulheres do Coletivo contribuem para a atualização do que sejam ações afirmativas, movimentos sociais, comunicação popular e participativa em Goiás. Esta é uma atividade que está em andamento e integra as atividades do Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Comunicação e Diferença da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Ed.sociais e Feminismos, Genero e Diversidade / Social educators and feminisms, gender and diversity

PAIOL DE ARTE E CULTURA

DENISE HELENA ZAKAIB

Com dois anos de duração o projeto Paiol de Arte e Cultura teve início no primeiro semestre de 2010 com a realização de duas oficinas – Mapeamento Afetivo e Expressão Cênica.
Na primeira fase, que chamamos de semeadura, jovens residentes do assentamento rural Bela Vista do Chibarro, em Araraquara-SP, passaram por experiências investigativas no intuito de fornecer subsídios teóricos e práticos para potencialização de ações culturais fomentando o reconhecimento do seu papel de agentes culturais, criadores de culturas oriunda a partir das suas raízes, encontradas e resgatadas nas oficinas.
Na segunda fase, chamada de cotejamento, aconteceu a revitalização de uma antiga lavanderia, que recebeu o nome de Memorial da Vasca, referencia à sua antiga função de ser a lavanderia da rua, quando o assentamento era uma fazenda de cana de açúcar. O local foi mapeado pelos moradores como um importante simbolo na memória e identidade local.
Hoje, como coleita, temos o Memorial da Vasca servindo a diversos usos coletivos e sendo um instrumento cultural e gerador de outras iniciativas de apropriação do espaço e transformação da paisagem local. É uma referencias positivas e significativas na memória local adequada a fins atuais.
Participaram do projeto educadores locais e outros vindos de fora da comunidade, sendo assim, o cuidado para que as atividades fossem geradoras de oportunidades e não definidoras de itinerários aconteceu constantemente, tendo nas trocas culturais a oportunidade de reconhecimento da identidade local.

Atuação nos Campos da Cultura, Arte-educação e Lazer / Acting in the culture, art-education and leisure fields

PARTEIRAS TRADICIONAIS: GUARDIÃS DA MEMÓRIA DO SABER DO PARTO HUMANIZADO

ZORAIDE VIEIRA CRUZ E RITA MARIA RADL PHILIPP

O ofício de partejar é uma das mais antigas funções que se tem registro na história da humanidade e das quais se encontram registros em quase todas as culturas. Durante muitos séculos o parto foi considerado um cuidar privativo do gênero feminino, realizado pelas mãos das parteiras e a mulher tinha total protagonismo sobre seu corpo. Com o advento da medicina, a assistência ao parto seguiu e reforçou uma lógica produtivista, tendo como marco orientador a intervenção sobre o corpo feminino. Vale ressaltar que o conhecimento médico se constitui eminentemente como um lugar masculino e o desenvolvimento de sua linguagem constrói, reproduz e corrobora as assimetrias e desigualdades de gênero. A mulher passa a ser considerada não mais como um sujeito ativo e consciente, capaz de gestar e parir de acordo com seus desejos, mas um objeto passível do escrutínio médico e das instituições formais do cuidado. O presente estudo traz uma discussão teórica sobre a importância do resgate do conhecimentos das parteiras tradicionais como necessárias ao resgate do protagonismo feminino no momento da parturição. Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório de cunho bibliográfico. Os dados mostraram que a forma como a atenção ao parto e nascimento caminhou até chegar à atualidade ainda está longe do idealizado. O resgate do protagonismo feminino é um dos fatores essenciais para que haja a reconstrução de um modelo obstétrico diferente baseado nos princípios da humanização e que depende de todos aqueles que participam deste momento singular.

Ed.sociais e Feminismos, Genero e Diversidade / Social educators and feminisms, gender and diversity

TERRITÓRIOS: LIBERDADE ASSISTIDA E COMUNIDADE

FERNANDA ROBERTA LEMOS SILVA

O presente trabalho tem como objetivo compartilhar os dados coletados na pesquisa de campo do projeto de Doutoramento em andamento intitulado: “Percursos dramatúrgicos nos percalços da juventude em Liberdade Assistida”, o plano de ação do projeto realizou uma etnografia participante do ambiente socioeducativo, na instituição SETA (Sociedade Educativa de Trabalho e Assistência) executora do atendimento de medidas socioeducativas em meio aberto na cidade de Campinas-SP, Brasil. As ações desenvolvidas junto aos jovens tiveram como subsídio o apoio institucional da Universidade Estadual de Campinas através do Programa: “SAE Ação Cultural: Educação Comunidade e Campus 2016” através do eixo Ação Cultural na Comunidade foi realizado uma etnografia participante com jovens em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida ação necessária para discutir no âmbito dos estudos sobre a inserção de jovens em situação de Liberdade Assistida na escola e na comunidade, a possibilidade de democratizar o espaço da Universidade Estadual de Campinas e romper os territórios que impedem que a Universidade pública seja mais amplamente extensiva e inclusiva á população de Campinas-SP notadamente aos jovens expostos a vulnerabilidade e a trajetórias infracionais que lhes negam o direito de construir um novo futuro. O projeto possibilitou visitas à universidade e aos institutos de interesse profissional dos adolescentes, bem como vivencias a projetos extensivos a comunidade na área da educação e cultura.
Palavras Chave: Medidas socioeducativas; Universidade; Comunidade.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social Educators and the young and adults literacy

ASSEMBLEIA ESCOLAR COMO UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA: A EXPERIÊNCIA DOS EDUCANDOS DA APOV

FLAVIANE FERREIRA DA SILVA, TIAGO PEREIRA LEAL e TAMIRES BORGES DE CARVALHO 

Este trabalho visa apresentar uma análise sobre a reunião mensal dos educandos da Associação Assistencial e Promocional da Pastoral da Oração de Viçosa (APOV) localizada na cidade Viçosa, no estado de Minas Gerais. A assembleia consiste em uma prática pedagógica que propicia aos educandos estabelecerem os direitos e deveres do seu cotidiano na instituição, bem como permite as crianças e adolescentes exercerem a participação cidadã e a construção da autonomia. Almejamos apresentar a assembleia como meio importante da gestão desenvolvida na instituição e, por isso, apresentaremos e discutiremos aspectos ligados a organização e efetivação das reuniões. Para alcançar os objetivos propostos, realizaremos uma análise dos registros das reuniões que aconteceram ao longo do ano de 2016, focando na participação dos educandos, nas formas de organização, nas decisões aprovadas, nas reivindicações, na palavra aberta e nos agradecimentos. Por fim, consideraremos como a Apov recebe as decisões adotadas e como a mesma se posiciona e emprega na sua organização as demandas dos educandos, tal percepção permite compreender como é desenvolvida a política de gestão democrática na instituição. Acredita-se que o trabalho educativo, quando promovido para a participação de todos, pode trazer maiores e melhores benefícios para toda a comunidade escola, bem como proporcionar o maior desempenho dos educandos. Uma vez que a gestão democrática integra e permite a renovação da educação devido as práticas pedagógicas que privilegiam sempre e a todo o momento a participação de todos. Busca-se afastar as práticas escolares mercantilistas que não proporcionam o desenvolvimento integral daqueles que estão inseridos no processo educativo.
Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social Educators and the young and adults literacy

A BRINCADEIRA, GÊNERO E A FORMAÇÃO DO SUJEITO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: EDUCAÇÃO DOS CORPOS.

NATÁLIA TAZINAZZO FIGUEIRA DE OLIVEIRA
O presente trabalho procurou discutir e analisar as questões de gênero que aparecem e permeiam a brincadeira entre as crianças na educação infantil. Através da experiência da própria autora como professora de educação infantil no município de São Paulo, bem como a relação entre estas práticas e as teorias correntes sobre o tema, buscou-se discutir como as relações de gênero e imagens de identidade e diferença que determinam simbolicamente universos e comportamentos femininos e masculinos, são construções sociais que afetam as crianças desde cedo, inclusive na escola. Através de uma prática permanente no trabalho docente da autora e muito comum em várias escolas, o dia do brinquedo, foi possível observar a relação de meninos e meninas com as brincadeiras construídas a partir dos brinquedos vindos de suas casas e disponíveis no ambiente escolar.
Os relatos de prática conversaram durante este percurso com diversos autores das teorias pós-críticas, correntes pedagógicas engajadas com a democracia e com a cultura. Dentre eles, é possível citar Moreira, Candau, Freire, Viana, Silva, dentre outros.
Com esta análise foi possível detectar reproduções e ressignificações realizadas pelas crianças quanto à discursos e ações que segregam ou determinam tipos de comportamentos mais adequados a cada gênero e que circulam nos diversos grupos familiares, sociais, midiáticos, e por vezes, espaços escolares, que vão incorporando a construção social destas crianças como sujeitos. Foi possível discutir ainda boas estratégias e perguntas que podem desestabilizar este lugar comum e convidar os envolvidos a refletirem e experimentarem outras possibilidades em busca de uma escola realmente democrática, para todos e libertadora.
Palavras-chave: Educação. Gênero. Identidade. Democracia.

Ed.sociais e Feminismos, Genero e Diversidade / Social educators and feminisms, gender and diversity

MANIFESTAÇÕES DA CULTURA DE TRADIÇÃO ORAL DURANTE AS RODAS DE CONVERSA NA ONG PROJETO GENTE NOVA – PROGEN: DESAFIOS E PERSPECTIVAS.

HENRIQUE LEONARDO DUTRA
O presente trabalho discute os desafios e perspectivas da inserção dos saberes e fazeres das manifestações da cultura de tradição oral dentro do espaço de educação não-formal. Para isso, apresento uma experiência na ONG Projeto Gente Nova (Progen) durante as práticas pedagógicas que orientam esta instituição denominadas por ela de “rodas de conversa” com crianças de 06 a 08 anos na comunidade Satélite Iris I, no município de Campinas, interior do estado de São Paulo. Para esta reflexão, elenco três pontos que foram cruciais para o desenvolvimento desta prática cultural com a comunidade. O primeiro, minhas habilidades e minha formação enquanto educador social no campo da cultura, baseado, sobretudo em minha vivência como griô-aprendiz dentro do contexto da Pedagogia Griô. O segundo, os desdobramentos do encontro do meu ser social com as concretudes e subjetividades junto a esse grupo de crianças. Terceiro, a construção das práxis, com os desafios e perspectivas a partir do diálogo entre estes dois mundos. O trabalho metodológico orienta-se pelo enfoque qualitativo-descritivo e interpretativo, sob a luz de questões levantadas por Freire (1979, 1991, 1994), Duarte Jr (2011), Gohn (1999, 2000, 2010), Hampâté-Bâ (1968), Ki-Zerbo (1968, 1982), Pacheco (2006, 2009, 2015), dentre outros referenciais teóricos que problematizam as relações entre educação comunitária e cultura. Este refletir que construo entre o teórico e a prática nesse projeto me possibilitam pensar com mais amplitude o campo de atuação do educador social na comunidade, na identidade de quem é este educador/educandos e como se constrói um projeto de cultura e educação em determinadas comunidades imersas a tantas peculiaridades como a região do Satélite Iris I.
Palavra chave: educação comunitária, ensino não-formal, arte-educação, cultura de tradição oral.

Atuação nos Campos da Cultura, Arte-educação e Lazer / Acting in the culture, art-education and leisure fields

A EDUCAÇÃO SOCIAL E A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: PRINCIPAIS IMPASSES NA PRÁTICA INTERVENTIVA DOS EDUCADORES SOCIAIS NO ACOLHIMENTO PROVISÓRIO PARA ADOLESCENTES NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA/PR

TIAGO MARQUES DO CARMO; ERICO RIBAS MACHADO; ANA PAULA MOREIRA
O presente estudo é um fragmento do Trabalho de Conclusão de Curso A Educação Social no Âmbito da Política Pública de Assistência Social: Os (as) Educadores (as) Sociais e o Acolhimento Institucional, concluída em 2016, por meio da graduação de Bacharelado em Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa. A pesquisa tem por objetivo expressar os principais anseios dos Educadores Sociais sobre sua atuação no universo do acolhimento institucional, destacando o vínculo existente com a Política Pública de Assistência Social, enquanto integrantes do quadro próprio de servidores públicos do município de Ponta Grossa. A Política Nacional de Educação Permanente do Sistema Único de Assistência Social (PNEP/SUAS), enquanto estratégia adotada para o empoderamento das equipes interdisciplinares, permitindo a capacitação constante dos trabalhadores inseridos nos projetos, programas e serviços da Assistência Social. A pesquisa apresentada possui caráter qualitativo e exploratório, empregando a aplicação de questionários semiestruturados aos Educadores Sociais atuantes no universo interventivo, correspondendo a 06 participantes. Durante o processo investigativo os participantes expressaram elementos referentes ao processo de regulamentação da profissão que, associado à formação profissional, permitiria que novas formas de intervenção fossem utilizadas para o desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar, possibilitando uma ação mais abrangente no atendimento às demandas sócioassistenciais. Expressamos a persistência da dicotomia entre a função de Educador Social e Cuidador Social, sendo um impasse para a categoria que, por meio do ponto de vista da garantia de direitos, promovem a subalternização das atividades do Educador Social à mera reprodução de tarefas hierarquizadas, sem a compreensão sobre o papel desempenhado por tais trabalhadores no processo de emancipação pela luta dos direitos sociais.

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

EDUCADORES SOCIAIS: EXIGÊNCIAS E DESAFIOS DE FORMAÇÃO E AÇÃO

ANA CLÁUDIA RODRIGUES CAMÕES
Esta comunicação aborda a relação entre formação contínua e o ethos profissional dos educadores sociais, tendo por base uma investigação em curso no âmbito do doutoramento em Ciências da Educação da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, área de aprofundamento em Pedagogia Social.
A Educação Social enquadra-se no domínio teórico da Pedagogia Social, onde imperam os princípios da aprendizagem ao longo da vida, como condição de uma sociedade mais inclusiva, mais justa e mais solidária. Neste contexto, os educadores sociais encontram-se em posição privilegiada para atuar profissionalmente como promotores de desenvolvimento humano junto de pessoas e comunidades consideradas mais vulneráveis e suscetíveis de exclusão social. O seu campo de intervenção situa-se justamente na confluência do educativo e do social, implicando, como tal, exigências e desafios muito particulares em tempos de formação e ação.
Torna-se assim primordial refletir sobre as exigências de formação, tanto inicial como continua, numa perspetiva de qualificação profissional e de resposta aos desafios da sociedade contemporânea, tal como recomendam as organizações internacionais e profissionais dos educadores sociais. “Debería establecerse un sistema de formación continua y complementaria para educadoras y educadores sociales publicamente reconocido y vinculado a la profesión” (AIEJI, 2005, p.14) uma vez que a “educação social (…) tem de se basear em saber científico de qualidade, (…). Para isso é necessário investir na formação permanente e interdisciplinar” (Azevedo, 2013, p.8).
No seguimento destes pressupostos, o nosso estudo pretende conhecer as necessidades, interesses e desejos de formação dos educadores sociais, tendo em referência a realidade portuguesa atual, onde os educadores sociais se afirmam cada vez mais como técnicos qualificados de intervenção socioeducativa.
Palavras-chave: Educadores Sociais, Pedagogia Social, Formação Inicial; Formação Contínua

Estratégias de formação de ed.sociais / Education, strategies of the social educators

GRANBOHUS: A PUBLIC ORGANIZATION, WHICH DO SOCIAL MOVEMENTS TOGETHER WITH THE SCOUTS AND MAKE CO-CREATION IN THE COMMUNITY.

TRINE JULIN JOHNSEN AND INGER ELTON
“I am because we are” – We think this heading is the answer of the project of our work with the local Scout Organization in Fredensborg and Jægerspris / Denmark.
Five years ago we asked the question; how can we work with social capital to benefit handicapped children and youngsters when they stay for weekends, holidays and during the week at Granbohus where we work?
Granbohus is a short break or respite care organization in Denmark. The purpose for the organization is that the parents can have a short break, take care of each other as a couple and have time with the siblings in the family.
And of course the purpose that the handicapped child can get a stay in safe conditions together with friends and with social educators that know their needs and wants.
Many of them need to be a part of a greater consistency. Their life is limited because of their handicap.
In this work we use the word “opposite inclusion”. We invited the Scout to our house;
to meet in our garden with outdoor togetherness as an important goal.
The scouts and our child and youngsters are now together in different kinds of activities. They make star races, fire cosines and a lot of others scout rituals. They are together as human beings.
We met Al Condulucci at an international short break conference in Toronto in 2012. We got occupied with his theories and wanted to find out how we can use his ideas and great experience with disabled people in our own community.
This workshop will present what we learned from Al Condulucci.
One of his definitions is that social capital is relationships – we develop and grow, within the context of the various communities we join or associate with.
1) We want to present a model, which describe 3 major domains in Relationships.
2) We want to present how we can use social capital to create inclusion.
We want to talk about the opportunities we created as a public organization and how we make a co-creation with a local voluntary agency.
3) We want to present pictures from our project where the scouts and our youngsters are together in our garden.

APORTE CRÍTICO REFLEXIVO, DEL ROL DEL EDUCADOR SOCIAL EN PROYECTOS SOCIO-EDUCATIVOS

Educ Soc JORGE MARTIN BILCHE VIANA & Educ Soc JOSÉ LUIS DOS SANTOS
Introducción
Una de las formas de lucha contra la falta de respeto de los poderes públicos hacia la educación es, por un lado, nuestro rechazo a transformar nuestra actividad docente en una pura ”chamba”, y, por el otro, nuestra negativa a entenderla y a ejercerla como práctica afectiva “de tíos y tías”.1
Concebir a los a los proyectos socio-educativos en general y a los Clubes de Niños en particular, como campo de desarrollo de la Educación Social en nuestro país, es también asumir la tensión a la que nos enfrentamos como educadores/as sociales, al ver muchas veces la ausencia de lo pedagógico y la preponderancia en lo que refiere a la protección de los niños y niñas. &Por lo que en este espacio de intentará desarrollar algunos puntos que a nuestro criterio hacen el desarrollo profesional en este ámbito así como también en otros donde llevamos a cabo nuestro trabajo. Cabe destacar que dichos puntos se desprenden de la investigación “Aportes a las prácticas de educación no formal desde la investigación educativa” llevada adelante por el Ministerio de Educación y Cultura y la Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación de la Universidad de la República. El apartado utilizado es el de características de la educación no formal en los Clubes de Niños de Yonattan Montesdeoca.
De esta investigación se desprenden siete características que queremos traer como algunos de los puntos reflexivos de nuestra práctica educativa. La Educación Integral, la Complementariedad, el Asistencialismo, las Relaciones, la Metodología de Trabajo, Identidad y especificidad educativa y finalmente Relación Club de Niños Escuela/Egreso. Se presentarán cada uno de éstos puntos para luego, generar la interacción con los participantes del encuentro.
Finalmente la propuesta de ponencia pretende generar la reflexión conjunta que siempre reclaman estos espacios, que los/las participantes profundicen en lo expuesto, así como también en otros temas que se proyecten del trabajo.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

DOCTORATE OF EDUCATION STUDENT

JOSHUA D. WATSON
This paper examines how educational financing affects the economic position and future life plans of underserved/underrepresented students in higher education. Of particular interest, is how social location figures into educational financing, and in turn, how the resulting debt shapes student expectations about their future occupational pursuits and other life decisions. In the context of this paper, social location refers to the ways in which socially constructed categories of race, class, and gender figure into student experiences in financing their education and planning for their future. The research data that will drive this session are drawn from interviews students (with debt over $15,000) of varying majors who were active students, stalled students, or recent alumni from a public university. I examined their stories of social location, educational financing, and future life planning. Findings suggest ways in which social location affects student loan debt and how student debt perceptions figure into their future plans with regard to occupations, family life, and home ownership. Social educators play a pivotal role in empowering youth and their communities towards collective empowerment to combat structural disadvantages. A combination of structure and agency place low income students in a position where college affordability options are limited. Students are then pressured to take out student loans. These loan reinforce their structural disadvantage and place them behind in the “race” of equal opportunity. The current system of student loan borrowing fails addresses the problems of student loan deficit, deficiency, and delinquency for student borrowers. It fails to address the cost problems at many colleges and universities with rising tuition and fees which will cause students to take out more loans to finance a higher education. Budget cuts to education, federal policies that decrease federal funding, and the lack of an investment to higher education is only creating additional risks to students and forces them to increase their need for student loans for college access and affordability.

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

EDUCAÇÃO POPULAR COMO FUNDAMENTO E PRÁTICA DA PEDAGOGIA SOCIAL: REFERÊNCIAS PARA INTERVENÇÕES SOCIAIS EMANCIPATÓRIAS

PRISCILLA BIBIANO DE OLIVEIRA MENDONÇA
A sociedade contemporânea apresenta novas e diversas realidades econômicas e sociais; o tempo se torna escasso, para tudo que é necessário viver, o homem se coisifica. Vivemos tempos preocupantes, de predomínio da tecnologia, de falta de solidariedade e de agutização dos problemas de organização social e política, enquanto os seres humanos parecem perder a própria humanidade. Direitos são negados, violados. A educação é fragmentada, mercantilizada e a formação de educadores segue o mesmo itinerário. Neste contexto, este trabalho visa a identificar princípios e práticas da Educação Popular que servem como fundamentos à Pedagogia Social e à própria Educação Formal, que serão organizados em diferentes conceitos e características didático-pedagógicas. Objetiva-se que tal organização e referências possam contribuir com o enfrentamento dos desafios educacionais contemporâneos e as possibilidades de intervenção social, por meio da educação, numa perspectiva emancipatória. Para isso, apresentamos um breve cenário da educação atual, da escola de massa – concretizada por meio do ensino tradicional, conteudista, “bancário” e acrítico – e sistematizamos importantes princípios, conceitos, características e práticas de Educação Popular, com ênfase às contribuições do Patrono da educação brasileira, o educador Paulo Freire, que têm sido fundamentos da Pedagogia Social, observados e identificados, com base na problematização de experiências marcantes, vivenciadas em 14 anos de trabalho com educação social, de desafios enfrentados na prática docente e, evidentemente, na atuação em outros âmbitos educacionais. Foi realizada pesquisa com abordagem qualitativa, objetivo exploratório, utilizando procedimento técnico de levantamento bibliográfico do tema. Dentre os principais resultados alcançados, está a vinculação explícita da teoria freiriana às demandas sociais e à pedagogia social, a apresentação e explicação de determinados princípios freirianos – delimitados a partir da experiência profissional e da pesquisa realizada – como contribuição concreta de intervenção social, bem como a exemplificação de inéditos viáveis como resposta às situações-limite que alcançam, reincidentemente, a educação dentro e fora da escola.

Educação Popular e ed.sociais / Popular education and the social educators

A INTERFACE DA EDUCAÇÃO SOCIAL NA MOBILIDADE URBANA UNIVERSAL

KATIA REGINA MENDES
A mobilidade urbana no Brasil é um grande desafio. Milhares de pessoas se movimentam diariamente ocasionando impacto direto no cotidiano das cidades, principalmente nos grandes centros e regiões metropolitanas, destacamos ainda a carência e/ou a ineficiência das políticas públicas neste campo, colaborando para a ampliação do uso de transporte individual, agravando ainda mais situações de congestionamentos, emissão de poluentes atmosféricos e aumento de acidentes no trânsito. A realidade do transporte coletivo demonstra a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzidas, além do desconforto e dos preços abusivos caracterizando as principais reclamações entre seus usuários. Aos educadores sociais cabe a capacidade de estudar, pesquisar, desenvolver técnicas capazes de conscientizar e despertar da sociedade à reivindicar melhorias na qualidade da mobilidade urbana para todas as pessoas, reafirmando o campo da educação social como um afazer específico orientado a garantir o exercício dos direitos dos sujeitos que requer atenção permanente aos nossos compromissos éticos, técnicos, científicos e políticos uma ação transformadora, uma vez que, no Brasil os princípios que embasam a Política Nacional de Mobilidade Urbana destaca-se: a acessibilidade universal; o desenvolvimento sustentável das cidades; a equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano e na circulação urbana. A legislação brasileira sobre mobilidade é considerada um direito primordial, sem o qual não é possível acessar com dignidade, autonomia e independência outros direitos fundamentais, como a educação, a saúde, a assistência social, o lazer, o trabalho, a convivência familiar e comunitária. Neste sentido, abordaremos o direito fundamental da mobilidade urbana preconizado pela Constituição Federal de 1988, a garantia do direito de ir e vir e estar nos logradouros públicos e nos espaços comunitários, observando a necessidade da eliminação de barreiras de acessibilidade existentes no tecido urbano e na busca pela implementação da Política Nacional de Tecnologia Assistiva, garantida na Lei Brasileira da Inclusão – LBI.

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

THE NEXUS OF ENGAGEMENT AND PROFESSIONALIZATION IN SOCIAL CARE EDUCATION – APPRAISING THE CONTEMPORARY DISCOURSE IN IRELAND.

AOIFE PRENDERGAST
Social care education must engage with professional practice education. There is urgency for the need for practitioners and educationalists to communicate, and for practitioners to be aware of developments in educational theory. For placement educators, they must continue to ensure that practice placement education is relevant to constantly changing and diverse professional work practices (Lloyd et al 2002). Although there is an extensive body of literature on clinical education and the traditional practice placement models in nursing and social work, there has been limited research on social care practice placement education and supervision. Share and McElwee (2005b: 58) claimed that ‘it is crucial to the future of social care in Ireland that practitioners themselves engage seriously with the concept of professionalism and begin to discuss what it might mean’. There is no doubt that professionalization has emerged onto the agenda for policy-makers in the Irish social care field. Much of the debate and discussion on the topic is teleological: it is generally assumed that a) social care practice will ‘eventually’ become a ‘professional’ activity and b) that this is a good thing. In a sense the question of ‘what is a profession?’ has been bracketed and the discussion over ‘what type of profession should it be?’ has begun to take over. Inevitably, however, the two questions are inextricably linked. &In preparation for this “professionalization process”, the researcher aims to explore what is already known about the topic, to outline the debates, offer current definitions, and highlight gaps or weaknesses whilst contributing to knowledge in this underdeveloped area. Ultimately, the researcher aims to discover and explore the “experience” and “process” of supervision in social care practice education in Ireland. This will contribute to the underdeveloped research area of supervision in social care practice education and encourage a potential dialogue for recommendations in future professional practice. This will contribute to best practice among social care workers and to exemplary care to service users. The rationale is to encourage reflective practice and assist in an improved experience for supervisors and students.

Profissionalização e/ou Regulamentação / Professionalization and regulamentation

TERCEIRO SETOR: O ENSINO DE MÚSICA E AS POSSIBILIDADES DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

SÉRGIO INÁCIO DA ROSA / ANTHONE MATEUS MAGALHÃES AFONSO / KATANA DE FÁTIMA DINIZ BOAES / WANIA REGINA COUTINHO GONZALEZ
O presente artigo tem como objetivo analisar as ações educativas, direcionadas ao ensino da música, de duas Organizações do Terceiro Setor com intuito de verificar as potencialidades dos espaços não escolares no acesso à cidadania e na transformação social.. Neste artigo são apresentados alguns resultados de pesquisa realizada na Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), localizada na cidade de São Luís – MA, onde foi estudada a Escola de Música e da Banda do Bom Menino, um dos projetos pedagógicos desenvolvidos por esta fundação cujo objetivo principal é o desenvolvimento da prática musical para acesso à cidadania e o resgate da autoestima como ferramenta para a inserção social dos seus participantes, e na ONG Orquestrando a Vida, localizada na cidade de Campos dos Goytacazes – RJ que faz uso do dispositivo musical sinfônico (coros e orquestras) para introduzir, desenvolver e aprimorar conceitos e atitudes positivas em seus alunos, promovendo condições de bem-estar e promoção social, de convivência e de exercício da cidadania. A opção de escolha dessas instituições, entre outras investigadas pelo grupo de pesquisa, deu-se a partir de suas peculiaridades relativas ao ensino da música como instrumento estratégico de conscientização para transformação social. Buscou-se com isso verificar a possibilidade do ensino da música ser capaz de promover o resgate da autoestima e o acesso à cidadania, contribuindo para a inserção social dos seus participantes. A pesquisa foi desenvolvida a partir de análise documental e de entrevistas semiestruturadas realizadas, com os coordenares pedagógicos e alunos, nas instituições elencadas, tendo como fundamentação teórica os trabalhos de Antônio Caliman, Jaime Trilla e Maria da Glória Gohn, dentre outros. Foram identificadas entre as potencialidades para o desenvolvimento da prática musical para acesso à cidadania, além do resgate da autoestima, uma maior valorização da educação formal pelos participantes das ações educativas. Destaca-se dessa maneira a interpenetração dos espaços formativos para a inserção social dos seus participantes por meio de ações educativas no ensino da música em direção à transformação social.
Palavras-chave: Cidadania; Espaços não escolares; Educação não formal; Terceiro Setor; Transformação social.

Atuação nos Campos da Cultura, Arte-educação e Lazer / Acting in the culture, art-education and leisure fields

A EDUCAÇÃO SOCIAL E O TRABALHO DE PREVENÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL EM DOIS PROGRAMAS DE ENFRENTAMENTO À LETALIDADE JUVENIL EM MINAS GERAIS

EDUARDO LOPES SALATIEL; LILIANE DA CONCEIÇÃO ROSA DA SILVA; ANA CLÁUDIA FERREIRA GODINHO; VERA LÚCIA NOGUEIRA
O presente artigo busca discutir e analisar os modos como a dimensão educativa é contemplada em dois programas de enfrentamento à letalidade juvenil desenvolvidos no estado de Minas Gerais, a saber: o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), iniciativa do governo federal e que em Minas Gerais encontra-se vinculado à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (SEDPAC), e o Programa Fica Vivo!, vinculado à Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS). Neste sentido, o artigo apresentado intenta à construção de um olhar ampliado, que se debruça sobre as diversas facetas das dimensões educativas envoltas em ações que não se encontram diretamente vinculadas à pasta da educação. Para tanto, foi realizado um estudo exploratório, sendo empregada a técnica de análise documental e a sistematização de experiências de modo a evidenciar as potencialidades e os desafios que se apresentam ao fazer educativo em contextos de vulnerabilidades. O aporte teórico deste estudo recorre a estudos de sociologia da educação, e as categorias centrais são juventudes, socialização e vulnerabilidade. Compreendemos a educação como processo tripartite de humanização, socialização e individualização (CHARLOT, 2015), que aborda a formação de cada ser humano a partir da sua inserção em um mundo preexistente e culturalmente moldado por aqueles que o precederam. Entre as diversas matrizes educacionais, a sociedade moderna conferiu grande importância àquela que se desenvolve no seio da escola; contudo, ainda que figure como panaceia dos problemas sociais, a educação na sua forma escolar vivencia uma série de impasses, os quais se constituem em verdadeiros desafios que, na atualidade, contribuem para certa inadequação entre os produtos ofertados e o público atendido, sobretudo quando pensamos nos jovens pobres. Nesse contexto, os resultados indicam que o trabalho com jovens nos dois programas analisados almeja a potencialização de processos de humanização e, para tanto, a educação realizada em espaços não escolares ganha destaque e se apresenta como possibilidade outra de intervenção, sobretudo em contextos de vulnerabilidade e risco social. Essa é a perspectiva presente em muitas iniciativas governamentais, mas também religiosas e do terceiro setor.

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

ESCOLARIZAÇÃO DE ADOLESCENTES PRIVADOS DE LIBERDADE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

IRIS MENEZES DE JESUS
O presente trabalho, fruto da pesquisa de dissertação em educação em desenvolvimento, busca analisar e compreender as trajetórias escolares, de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação. A educação no sistema socioeducativo tem sido uma proposta desafiadora quando relacionada ao atendimento de adolescentes pobres, acusados da prática de atos infracionais, os quais, para além das questões próprias da faixa etária e defasagem idade série, seus cotidianos são marcados por violência, frágeis vínculos familiares e violação de direitos. Ao pensar nesses adolescentes autores de atos infracionais submetido a medidas socioeducativas, é necessário compreender o universo que estão inseridos e suas realidades. Segundo o levantamento realizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (2013), 66% dos adolescentes que estão em cumprimento de medida socioeducativa vivem em famílias extremamente pobres, 60% são negros e 51% não frequentavam escola na época do delito. Em suma, pode-se afirmar que os adolescentes em conflito com a lei que cumprem medida de privação de liberdade no Brasil, são, na grande maioria, negros, pobres e com o ensino fundamental incompleto. Estudo realizado para o Plano Decenal Socioeducativo no Rio de Janeiro, em 2015, mostra que mais de 80% dos adolescentes apresentam uma defasagem idade/série escolar. A maioria possui o ensino fundamental incompleto (33%) e estão no 6º ano (19%). Levando em conta tais informações, é fundamental entender o que gera esse déficit de escolarização dos adolescentes internados, principalmente relacionando idade, trajetórias e escolarização. Para conhecer mais a fundo a realidade educacional dos adolescentes em cumprimento de medida de internação, a pesquisa de mestrado utilizará o banco de dados gerado por uma pesquisa institucional do Departamento Estadual de Ações Socioeducativas do Rio de Janeiro (DEGASE), que aplicou 440 questionários para adolescentes nas unidades de internação no estado do Rio de Janeiro. Buscando analisar o perfil dos adolescentes em cumprimento de medida de internação, esta pesquisa de dissertação visa analisar algumas questões deste survey, principalmente as que nos ajude refletir sobre as trajetórias escolares e suas implicações na trajetória de vida desses sujeitos.
Palavras-chave: Escolarização, adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e sistema socioeducativo.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

RELATO DE EXPERIÊNCIA DO “PROGRAMA ESTAÇÕES: CONSTRUINDO TRILHOS, REDES DE SOLIDARIEDADE E PRÁTICAS EDUCATIVAS PARA A INCLUSÃO SOCIAL DE CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE RISCO”, DESENVOLVIDO NA CASA DE ACOLHIMENTO PROVISÓRIO NA CIDADE DE MARABÁ-PARÁ.

LETICIA SOUTO PANTOJA / RAYLANE OLIVEIRA DE ALENCAR / JHEMERSON DA SILVA E NETO
O presente trabalho pretende relatar a experiência do “Programa Estações: construindo trilhos, redes de solidariedade e práticas educativas para a inclusão social de crianças em situação de risco” desenvolvido desde abril de 2016, por alunos voluntários e bolsistas. O programa é executado no Espaço de Acolhimento Provisório de Marabá-Pará (EAP). Atualmente, o espaço conta com 22 abrigados entre crianças e adolescentes, sob condição de acolhimento provisório e/ou em situação de adoção, as quais constituem o público diretamente atendido pelas ações desenvolvidas. Para o alcançe dos objetivos do Programa foi feita uma parceria entre a Faculdade de Educação da UNIFESSPA-Campus de Marabá, a ONG Bridge Internacional e a associação da Igreja Metodista. Em termos práticos, o Programa “Estações” opera com várias abordagens de aprendizagem, as quais se inserem no âmbito da pedagogia social. Como metodologia fundamental tem-se trabalhado com oficinas musicais, de plantio e construção de hortas, projetos de artes e também contação de história;, buscando conscientizar os sujeitos envolvidos a respeito dos direitos integrais da infância, bem como, acerca da importância de estar em um ambiente –que embora seja institucional- necessita fazer-se mais humanizado e propício ao crescimento emocional e educacional dos acolhidos. As diferentes ferramentas de aprendizagem utilizadas objetivaram proporcionar as crianças e adolescentes da “Casa de Acolhimento Provisório do Município de Marabá” a experimentação de novas situações de aprendizagem, o estímulo a conscientização social e sobre seus direitos, valorização da identidade, fortalecimento da auto-estima, gerando melhoria das condições materiais de vida. Durante o ano de 2016 foram executados dois projetos: “A função da arte-educação na construção de práticas de dialogo e tolerância frente à diversidade étnica, social e cultural existente entre crianças acolhidas em uma instituição de assistência” e o outro foi “A construção de novas habilidades e competências discursivas através do aprendizado de ritmos, sons e musicalidades”. A experiência dos projetos desenvolvidos em 2016 demonstrou que o trabalho com diversos tipos de artes (música, poesia, pintura, literatura de cordel, dentre outros) é o meio mais eficaz de estabelecer o diálogo com as crianças e adolescentes acolhidos no EAP, especialmente no que se refere a promover um ambiente de aprendizagem de diferentes habilidades comunicacionais e afetivas.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

RELATO DE EXPERIÊNCIA DO CURSO DE EXTENSÃO “PEDAGOGIA E (IN)FORMAÇÃO D@ EDUCADOR/A SOCIAL”

JOSÉ WELLINGTON MARINHO DE ARAGÃO E LILIAN MATTOS DE SOUZA
O presente trabalho visa apresentar a experiência da primeira oferta do curso de extensão Pedagogia e (In)Formação d@ Educador/a Social, com 60 horas de duração, decorrido no semestre letivo 2016-2 (que aconteceu entre 21/11/2016 a 08 de abril de 2017), nas instalações da Faculdade de Educação (FACED) / Universidade Federal da Bahia (UFBA), situada em Salvador-BA. Planejado segundo os moldes da oferta de um curso de extensão da universidade pública federal brasileira, com ementa, objetivos, conteúdo programático, metodologia a ser aplicada, modelo de avaliação e referências bibliográficas, na prática, logo de cara, o curso seguiu uma outra orientação de trabalho, totalmente diversa dos cânones acadêmicos ou do que se poderia dizer pedagogicamente correto e foi desenvolvido segundo uma agenda posta pelos interesses, buscas, apreensões e inquietações da pluralidade dos participantes. O trabalho d@ Educador/a Social esteve, desde sua gênese, atrelado à ação de assistência aos indivíduos (crianças e adolescentes) marginalizados socialmente. Em sua origem as ações e atividades deste campo de saberes e ocupação pautou-se por uma perspectiva meramente imediatista, prestadora de serviços auxiliares, sem se preocupar com a questão mais estrutural das problemáticas sociais atinentes a cada caso. Opostamente a essa visão assistencialista, parece que as funções d@ educador/a social envolvem pensamento crítico diante da estrutura social, e ação orientada pelo desejo de reflexão tensionada a partir da práxis social, de modo que @ educador/a possa pensar num quefazer potencial e socialmente transformador. Neste contexto, surgiu o Curso de Extensão Pedagogia e (In)Formação d@ Educador/a Social, com o objetivo de debater as concepções pedagógicas vigentes na sociedade brasileira buscando mediar com a aplicação de uma metodologia tensamente democrática a informação e a formação teórica e prática de pessoas, com o nível de escolaridade mínima correspondente ao ensino fundamental, interessadas em participar e agir crítica e solidariamente no trato com a diversidade de questões sociais que afligem os segmentos sociais mais fragilizados e vulneráveis da sociedade brasileira na contemporaneidade. Como se verá na apresentação deste relato de experiência, os resultados são deveras animadores para se continuar na organização de espaços de debate e (in)formação de pessoas interessadas no envolvimento solidário e na prática direta e efetiva de educador/a social.
Palavras-chave: Pedagogia; (In)Formação; Educador/a Social; Práxis social.

Estratégias de formação de ed.sociais / Education, strategies of the social educators

EDUCAÇÃO MUSEAL, FORMAÇÃO INTEGRAL E POLÍTICAS PÚBLICAS

FERNANDA SANTANA RABELLO DE CASTRO
Apresentaremos um breve histórico da conformação do campo das políticas públicas de educação museal no Brasil como pano de fundo para análise da construção da Política Nacional de Educação Museal, destacando sua metodologia participativa, seus principais agentes e resultados até o momento, para isso lançando mão de um escopo teórico referenciado no pensador italiano Antônio Gramsci.
A Educação Museal vem-se consolidando como campo profissional, com metodologias e conteúdos específicos já há 90 anos, no Brasil. Seus conceitos e referências são amplos e estão ainda em debate. A própria noção de educação museal está ainda em construção.
O primeiro setor educativo em museus surgiu no Brasil em 1927, no Museu Nacional, com o objetivo de atender escolas e diversos estabelecimentos de ensino primário e secundário para promover a difusão e o ensino de ciências. A partir daí demorariam ainda algumas décadas para o surgimento de outros setores educativos em museus e de debates acerca da necessidade de se pensarem políticas públicas que tomassem museus como espaços educativos.
No cenário internacional, as discussões sobre o papel educativo dos museus iniciou-se em um Seminário da UNESCO de 1952. Este evento abriu uma série de Seminários Regionais, como o que ocorreu em 1958, no Rio de Janeiro. Porém, no Brasil, somente a partir da década de 1980, o tema da educação em museus começou a ter de fato propostas de políticas públicas implementadas, ainda assim, com ações fragmentadas e com grandes lacunas temporais. Neste período foi criado o primeiro Programa Nacional de Museus (1983), em que estava inserido o Programa de Ação Cultural, que previa a realização de ações educativas.
Na década de 1990, em meio ao apogeu das políticas neoliberais, o Ministério da Cultura foi dissolvido, os museu públicos e as políticas públicas de museus passaram por um longo período de penúria e abandono.
Já no século XXI, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi lançada a primeira Política Nacional de Museus (PNM, 2003), que desdobrou-se num Plano Nacional Setorial de Museus (2010).
Em 2012, dando continuidade ao desenvolvimento da PNM deu-se início à construção de uma Política Nacional de Educação Museal, com forte referência no conceito de Formação Integral de Antônio Gramsci, visando à integração entre diferentes tipologias de educação e diferentes espaços educativos. Seu processo de construção ainda está em aberto e acontece em meio a conflitos e negociações entre Estado e Sociedade Civil, que marcam também toda a história do desenvolvimento da Educação Museal e de suas políticas no Brasil.

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

EDUCAÇÃO NÃO FORMAL NAS RUAS DO RECIFE: CONSIDERAÇÕES SOBRE A ATUAÇÃO DO EDUCADOR SOCIAL JUNTO À CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RUA

JOSÉ SEVERINO DOS SANTOS
A capital pernambucana, Recife, contava, em 2016, com uma população de mais de 1.625.583 habitantes, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE no mesmo ano. No tocante à população em situação de rua, especificamente, a falta de uma política censitária destinada à identificação do perfil deste público nos impede de acessar não apenas dados, mas inviabiliza um planejamento consistente no que se refere às ações a serem desenvolvidas junto a esta população, refletindo claramente o descaso do Estado frente à esta temática. O que é possível constatar nas ruas de Recife é um número expressivo, e preocupante, de pessoas em situação de rua, e entre elas, muitas crianças e adolescentes expostas a todos os fatores de risco que o espaço público lhes oferece diariamente. Diante desse cenário, resta uma atuação insipiente do poder público, ao passo em que se destacam experiências exitosas de algumas organizações não governamentais e, de seus respectivos profissionais, em especial dos educadores sociais que dedicam seu trabalho às ações de enfrentamento às violações de direitos de crianças e adolescentes que são levadas a viver nas ruas da cidade. Desse modo, pretendemos apresentar o trabalho desenvolvido por uma ONG que atua na cidade do Recife junto à crianças e adolescentes em situação de rua, tendo como objetivos específicos identificar o perfil do público atendido; descrever a atuação do educador de rua junto ao referido público; e analisar como as ações desenvolvidas pelo educador social de rua pode colaborar para o processo de saída das crianças e adolescentes do espaço público. Para a discussão a que nos propomos, utilizaremos como norte teórico o Estatuto da Criança e Adolescente – ECA (1990) como o instrumento que nos permite visualizar em que medida os direitos dessas crianças e adolescentes são violados nas ruas; a Política Nacional para a População em Situação de Rua (2009) para tecermos uma avaliação do desenvolvimento das ações estatais junto ao público do qual tratamos aqui; e as produções de Gonh (2010) e Freire (1974, 1996) no que se referem à educação não-formal e ao papel do educador social, respectivamente. Esperamos que o referido tema, assim como os desdobramentos de suas reflexões, colaborem para o debate sobre um público ainda tão invisibilizado na sociedade – as crianças e adolescentes em situação de rua – na mesma medida em que vislumbre a atuação do educador social como um instrumento de promoção, proteção e defesa dos direitos delas.
Palavras chave: Educadores sociais. Educação não formal. Infância e juventude. População em situação de rua.

Educação Popular e ed.sociais / Popular education and the social educators

WORKSHOP NUMBER 1: IDENTITY OF THE SOCIAL EDUCATORS

JAKOB OBDRUP AND HELLE HEGELUND
In our job, working with foster children and their foster parents, we use a lot of different methodologies and practice forms. The children we are in contact with, have all kinds of problems and challenges. They are from the unborn child, to youngsters with different kinds of issues and behavior. As a social worker and educator it is very important to be spacious and have strong professionalism. In our job as a foster care consultant, we use a lot of different methods and practice forms in our everyday jobs. Our work takes place in the family homes, and we visit them 6 – 8 times a year. The children have a lot of different diagnoses such as ADHD, different kinds of autism or serious challenges with their behavior, but most of them have in common, that their first weeks, months or years have been difficult for them. Their basic needs have not been fulfilled. Our job is to teach the foster parents to act in a correct and constructive manner with their foster child.
Theories and methods
In our daily work as a foster care consultant, we almost use all the theories that we have learned over the years, but as a common denominator we will emphasize that we use the concept of normality as a guideline in our work with the families. All children want to be included and contained in the common society. So if we succeed in defining normality for the foster family and the foster child, it will be the strongest motivator to make changes in the child’s life. Our method is, in short terms, to motivate them to make changes. If the child’s behavior is bad and destructive, it is important to change it. But the change must break through at the foster parents at first. It is not a viable option to change a child’s behavior, just by ordering it. This change is possible if the child is experiencing a change in the interventions and behavior of its foster parents. If they are going to change their behavior, they need to be sure that the change will cause a constructive change for the child. This is our job as foster parent consultant. We need to serve an amount of suggestions to the foster parents, or help them get an idea on how to change their behavior. It takes a lot of experience to make those ideas appear for the foster parents. If we are ordering the change, the parents will not be the “owner” of this, and it will not be effective. Neither for them or for the foster child.
The most important tool we use in the job is the motivation for a normal everyday life. Furthermore, we find it very important to motivate the foster parents to change their behavior, so that the child can get a better life with less conflicts and higher chances to be a good citizen as an adult.

Identidade de ed.sociais / Identity of the social educators

GESTÃO PEDAGÓGICA PARTICIPATIVA EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO

SIMONE MARTININGUI ONZI
Os espaços de educação não formal vêm expandido e fortalecendo sua atuação na sociedade civil, parceirizando com o estado à execução de políticas educacionais. Assim, sabendo-se da função educacional e social dos espaços de educação não formal, que através de ações, projetos e/ou programas sociais, buscam atender as necessidades das comunidades locais em que estão inseridos, torna-se fundamental a atuação de uma gestão pedagógica participativa, que possa, através de uma visão de conjunto, associada a uma ação cooperativa, promover uma educação não formal de qualidade. Esta qualidade está ligada intrinsecamente ao que estes espaços não formais ofertam como oportunidade de aprendizagem aos beneficiados, ou seja, que práticas pedagógicas significativas são desenvolvidas: Com que objetivos? Para quem? De que forma ocorre o planejamento? Como é realizada a avaliação destas atividades? Qual a intencionalidade das ações pedagógicas desenvolvidas? Diante destas inquietações e visto que a pedagogia é a ciência da educação que pensa e estuda as práticas educativas, se edifica a importância de uma gestão pedagógica atuante na educação não formal, que busque, por meio da participação de todos os sujeitos envolvidos neste espaço (educandos, comunidade, famílias e educadores sociais), uma construção de práxis coletiva. Por isso, está se desenvolvendo, no espaço de educação não formal Instituto Adelino Miotti (Farroupilha – RS), uma pesquisa ação que objetiva compreender de que forma, por meio de uma gestão pedagógica participativa, é possível articular o desenvolvimento de práticas pedagógicas significativas que traduzam a visão das partes interessadas do projeto social da instituição. O projeto social, denominado Recriar, objetiva preparar jovens em situação de vulnerabilidade social para o mundo da vida e para a inserção no mercado de trabalho. Atualmente, o Recriar possui suas práticas pedagógicas definidas e em funcionamento, que foram elaboradas pela gestora pedagógica da instituição. Entretanto, devido a uma necessidade de reestruturação do projeto em seu tempo de duração, se faz necessário repensar, reorganizar e reescrever as intencionalidades pedagógicas que vem sendo desenvolvidas. Por meio da metodologia qualitativa, busca-se delinear uma proposta de educação não formal pensada de forma coletiva, que gere efeitos educacionais intencionais, metódicos e diferenciados. Em vista disso, o processo de reformulação das práticas pedagógicas, está acontecendo através de uma gestão pedagógica participativa contando com a atuação da gestão administrativa e pedagógica do Instituto Adelino Miotti, dos pais, dos alunos que frequentam o projeto, dos participantes egressos do Recriar, da comunidade envolvida e representantes da mantenedora da instituição.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

PROPAGANDAS DE MEDICAMENTOS NA HISTÓRIA: POSSIBILIDADES DE CONSCIENTIZAÇÃO E SUBVERSÃO EM UM CENTRO DE TRABALHO COMUNITÁRIO

SHEILA DANIELA MEDEIROS DOS SANTOS
No contexto atual, a indústria farmacêutica têm se consolidado como um dos setores mais rentáveis e competitivos da economia mundial. De acordo com o último levantamento realizado e divulgado em 2015 pela IMS Health, empresa internacional que audita o mercado farmacêutico mundial, o Brasil ocupa a sétima posição no ranking do consumo de medicamentos, embora paradoxalmente apresente um cenário precário de saúde pública e um elevado crescimento do número de brasileiros vivendo em situação de pobreza extrema. Neste contexto, o alto faturamento das empresas farmacêuticas, evidenciado pelas rendas de oligopólio, não se deve prioritariamente à eficácia clínica dos medicamentos, mas sobretudo à criação de uma demanda de consumo. Por conseguinte, investe-se mais em propagandas massivas do que em novas descobertas de medicamentos que, de fato, curam. Esta assertiva não faz referência apenas à história recente, mas expressa uma realidade cujas raízes, no Brasil, remontam ao século XIX. A partir destas considerações, o presente trabalho objetiva analisar o impacto das propagandas de medicamentos mais vendidos no Brasil, no período que compreende o início do século XIX até o final do século XX, em adultos e idosos que frequentam um Centro de Trabalho Comunitário, localizado na região periférica do município de Goiânia-GO. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, construída no âmbito da pesquisa-ação, a partir do referencial teórico da abordagem Histórico-Cultural em Psicologia (Vigotski, 2010), cujas premissas básicas se ancoram no materialismo histórico e dialético na linha de Marx e Engels (2007). Convém ressaltar que fez parte do processo de investigação o oferecimento de um minicurso, com duração de quatro meses, aos adultos e idosos do referido Centro de Trabalho Comunitário. Neste minicurso problematizou-se as propagandas de medicamentos mais vendidos no Brasil no período supra citado, a fim de que constituíssem um eixo central norteador que fomentasse debates em torno de questões relacionadas às concepções históricas de saúde e doença, às representações sociais acerca do binômio normal e patológico e aos processos de adoecimento e saúde psíquica no campo da Psicologia. A relevância deste trabalho se justifica pela possibilidade de conscientização dos adultos e idosos do Centro de Trabalho Comunitário, no que tange à medicalização e à patologização da vida, os quais assolam a sociedade contemporânea. Por fim, as análises do material evidenciaram que as propagandas de medicamentos, disseminadas historicamente, sustentam práticas identitárias que alienam e silenciam os indivíduos, conferindo novos traços aos processos de medicalização e patologização da vida consonantes com uma organização societária que, de modo devastador, prioriza o capital acima da vida humana.

Papel de ed.sociais no campo da saúde / The role as social educators in the healthcare field

MOTIVATION AND INCLUSION – A WAY OUT OF CRIME AND ADDICTION FOR CITIZENS WITH IMPAIRED MENTAL FUNCTION

HANS JØRGEN JACOBSEN AND ANETTE HUNE JØRGENSEN
Most citizens with impaired mental functions all have the same dream – to live a normal life with the fulfilment of having a job, a home and a romantic relationship. They do not recognize their own disabilities, nor do they see themselves as disabled or impaired, and as such they opt out on the offers related to their target group. They seek and strive to reach and feel a common ground and to have social relations with people to whom they associate with having a normal life.
This quest often causes failure, and if they do succeed, they most likely end up in the peripheral communities – communities that often are in the periphery of the society, where addiction and crime can occur. The citizens are willing to go very far in their attempt to achieve recognition, acceptance and to belong in a group. However, because of their cognitive and social disabilities they seldom recognize the consequences and are not able to stop themselves nor to saying no. As such these citizens will in some cases commit crimes and/or become addicted to an intoxicant.
The citizens are often motivated to change their behavior, however they find it highly difficult to maintain a long term motivation for this change. This naturally follows many defeats. Defeats that over time will result in lack of faith in own abilities and lack of faith in the possibility of an actual change.
Throughout many years society have tried to help this group of citizens. With positive intentions countless agreements have been made, possible serious consequences are described and various attempts have been tried out to make the citizen realize the inexpedient elements of his actions.
Experiences unfortunately show that these strategies are limited in their success and often end up with the consequence of this group being referred to as being hopeless cases.
Our experience is that the reason for this lack in successful behavioral change has been that society in its strive to help has overseen the actual motivation in the citizen. Often there is not a strong personal motive to change own behavior as the gain of continuing current behavior is valued higher than the alternatives and solutions we as society offer.
So how is it possible for society to create a persistent motivation for change in the citizen? How should we access this group differently to help?
With set of in the evidence-based treatment for this specific group and with theoretical anchorage in Stephan Rollnick and William R. Miller’s cognitive theories on motivational interviewing as well as the psychodynamic theories on the subject by Per Revstedt, we have achieved good results in working with the individual citizen and his own motivation, and hereby create a foundation for a long lasting change in relation to committing new crime and an inappropriate consumption of intoxicants – a lasting change that enhances the citizen’s own experience of being included rather than excluded.

Estratégias de formação de ed.sociais / Education, strategies of the social educators

I AM BECAUSE WE ARE………. OR WE ARE BECAUSE WE ARE!

HOW CAN WE USE NETWORKING TO CREATE IDENTITY!

JANNE LAMBERT MÜLLER AND FLEMMING KLEIN
The Workshop is inspired by the systemic and narrative thinking.
The workshop will be inspired from our daily work in the Danish network of social educators working with short break/respite care. This kind of social education is internationally considered as one part of social education where, amongst others, the temporary aspect is a key issue. The international element expresses itself in the association ISBA.
The workshop will start with a short presentation of us.
We will, in the presentation, speak about and from our own practice experience with networking. We will present some core values that we believe can and should be central in a network.
It is values like:
-The practical every day
-Democracy
-Human values
-Creation of opinion
-Common understanding
These values will be discussed in relation to the Norwegian professor Nils Christie’s thoughts about sociology.
The part about “Identity” will be based on associated professor Flemming Ravns 5 different definitions on the term ”Identity”.
His 5 definitions are:
1 You are your own identity with a typical hallmark……………………………..
2 That there is a substantial continuity in our life, your understanding of yourself………………………………
3 That your self-image is somewhat like others image of you……………
4 Identity is also the life story that you and others are telling about ………………
5 In a post-traditionally consumer society, like the Danish, we define ourselves based on what we consume………………………..
We will put these 5 different definitions into perspective.
Based on the feedback from the Danish national short break conference held in November 2016, we intent to present some of the comments. This is to show some examples on how this network has helped forming ours and the members of the networks identity.
Examples of feedback:
– Short break is a niche, and it is a rare experience that we are interacting with people with the same understanding of what we face in our daily jobs and what kind of workplace we have. It gives another energy and is very inspirational – so more of that.
– We benefit a lot when we meet/talk with other social educators in a similar situation. We share experiences and we inspire each other. Very important in times where our professionalism is challenged.
– It is valued to know that there is a place where we can exchange, share and inspire each other on the basis of our core task.
Discussion:
In our presentation/discussion we will try to use the social educators’ curiosity and through dialogue we will provide the opportunity to share experiences and knowledge by both sharing in small groups or pairs and in plenum, by asking some questions that relates to our presentation. These questions will be prepared when we know the time perspective for the workshop.
Examples of questions:
What is your experience with network as an identity creator? Can network influence our practical everyday identity and professionalism? How can we create a forum across borders based on your experience?

Identidade de ed.sociais / Identity of the social educators

HISTORIA, ACTUALIDAD Y DESAFÍOS DE LA FORMACIÓN DE LOS EDUCADORES SOCIALES EN EL URUGUAY

ED. SOC. OSCAR CASTRO, ED. SOC. HERNÁN ESPIGA, ED. SOC. WALTER LÓPEZ

La presente ponencia, tiene como objetivo establecer algunos elementos que consideramos claves en la proyección de la formación de los educadores sociales. Para ello nos permitiremos historizar los derroteros de la formación en clave uruguaya, pretendiendo que el proceso que ha signado la formación de los profesionales de la educación social en nuestro país sirva para pensar una formación en perspectiva regional.
El ejercicio que proponemos realizar en este momento, requiere ubicar y problematizar las tensiones que la formación tiene y establecer los requerimientos que a futuro ésta requerirá en un escenario profesional desregulado por parte del Estado, ya que no se establecen criterios organizadores de las prácticas socioeducativas ni contenidos educativos comunes, ni siquiera se establecen las funciones que un educador social deberá cumplir.
La formación de los Educadores Sociales en el Uruguay es relativamente nueva, decimos relativa en tanto a pesar de tener ya 27 años de formación, ha pasado por diferentes momentos que la hacen aún noveles en algunos campos y temàticas.
El primer momento estuvo dado por la matriz formativa que ofreció el Estado a travès de su órgano rector en las políticas de infancia y adolescencia (INAME/INAU). En el marco del Centro de Formación y Estudios del INAU, su carácter si bien era terciario no formaba parte de la formación nacional en educación (primeros 20 años).
El sentido del cambio de institucionalidad de la formación, tenía como propósitos fundamentales: romper con las restricciones en términos de construcción del “campo profesional” atado a las políticas de infancia y adolescencia, dar cuenta desde el ámbito académico del desarrollo del campo laboral de los profesionales de la educación social y compartir los espacios formativos con otros profesionales de la educación, en el entendido de que esto rompería con una lógica formativa endogámica y establecería lógicas de composición entre prácticas con objetivos compartidos (garantizar el derecho a la educación de todos los ciudadanos) pero nombradas como distintas (educación formal y no formal).
Un segundo momento en el que la formación de educadores sociales pasa a formar parte de la estructura formativa en educación de carácter terciario no universitario (Consejo de Formación en Educación).
Dadas las configuraciones polìtico-institucionales actuales, la formación de educadores sociales se constituye una parte del repertorio de formaciones profesionales en educación, las que se organizará a partir del año 2018 con un formato universitario de formación de profesionales en educación.
Más allá de las mudanzas institucionales, la formación de profesionales ha recorrido caminos contrarios al ensimismamiento y a favor de la producción de un campo profesional y de profesionales promotores de derechos. Concebimos que las instituciones formativas y las profesiones deben asumir una responsabilidad social a favor de los sujetos con quienes trabajamos y eso, es irrenunciable.

Estratégias de formação de ed.sociais / Education, strategies of the social educators

O POTENCIAL CONTRIBUTIVO DA ARTE EM ESPAÇO PÚBLICO PARA A EDUCAÇÃO SOCIAL

VERÔNICA MOREIRA OLIVEIRA
Até que ponto a Arte em Espaço Público pode ser entendida como um caminho para a Educação Social se tornar mais real e efetiva?
Manifestações culturais, esportivas, religiosas e políticas, entre outras, revelam que os vazios da capital do Brasil, mais do que parte da obra urbanística e arquitetônica que fora projetada, construída e tombada, são também espaço público que, eventualmente, e cada vez mais, abriga reivindicações e comemorações da sociedade.
Neste contexto, percebe-se em Brasília a frequente ocupação de espaços da cidade por intervenções de arte em espaço público que têm explorado os vazios do Eixo Monumental com obras efêmeras que chamam a atenção para a paisagem e para os monumentos, interagem com a vida hodierna local e ativam a vivência na urbe.
A Arte em Espaço Público é entendida aqui como expressão que tem em sua essência o diálogo com o espaço público urbano e é marcada pelo tom político e reflexivo, onde mora a sua forte conversa com a Educação Social.
A Educação Social é aqui entendida como uma vertente da educação não formal, que transcende o espaço escolar e os temas curriculares. Pertencente à linha da Pedagogia Social e com foco na prevenção de situações de violação de direito, visa o desenvolvimento emancipatório do indivíduo de modo a melhorar suas formas de interação e relações sociais.
Hoje no Brasil, apesar de todos os esforços e avanços da Educação Social no sentido da garantia de direitos e prevenção de situações de risco, bem como do empenho na disseminação e reconhecimento de valores e da democratização de informações e conhecimentos, a Educação Social ainda tende a acontecer de forma afastada da realidade vivida, podendo encerrar seus efeitos dentro das paredes institucionais.
A educação, de maneira geral, e a Educação Social, em particular, são tanto mais reais e efetivas quanto mais próximas estiverem do cotidiano e das questões relevantes para comunidade em questão.
Partindo do pressuposto de que, em um contexto ocidental e capitalista onde a cidade é o contexto que mais simboliza as relações sociais e, por isso, local básico de educação, de uma educação primordial, da qual todos os citadinos usufruem para a sua formação humana e cidadã e, considerando ainda, a crescente ocupação dos espaços livres do Eixo Monumental de Brasília por eventos de arte, levanta-se a hipótese de que a Arte em Espaço Público tem potencial contributivo para a Educação Social.
Esta ideia é reforçada por meio de teorias segundo as quais proporcionar sociabilidade é atributo da arte e da cultura, de modo que estas criam possibilidades de novos encontros para a ressignificação de realidades individuais e coletivas.
Assim, percebendo a cidade como local de vivência e apropriação cotidiana, esta pesquisa busca se somar ao debate em torno da contribuição da Arte Pública para a Educação Social, entendida aqui como a educação que fomenta a sociabilidade e a autonomia individual para o convívio social, e que busca alcançar todos os gêneros, idades e classes.

Atuação nos Campos da Cultura, Arte-educação e Lazer / Acting in the culture, art-education and leisure fields

A ASSOCIAÇÃO INICIATIVA CULTURAL PASSOS DA CRIANÇA COMO ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA SOCIOEDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES DE REDUÇÃO DE VULNERABILIDADES

CRISTIANE FARIA HONÓRIO
Localizada na Vila das Torres, uma região marcada pelo tráfico de drogas, uso e abuso de substâncias químicas, subemprego, zoonose, moradias precárias, população em situação de rua, ausência de políticas públicas na área do esporte, cultura e lazer, considerada uma das regiões mais violentas de Curitiba, há 13 anos a Associação Iniciativa Cultural – Passos da Criança – presta serviços socioassistenciais a 60 crianças e adolescentes. Realiza atividades socioeducativas que visam o desenvolvimento integral da criança e adolescente, promoção da autonomia, protagonismo, cidadania e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, por meio do atendimento socioassistencial, psicológico, psicopedagógico, oficinas de musicalização, valores e espiritualidade, yoga, capoeira, ciclismo, dança, percussão, esportes, jogos lúdicos, artes visuais, passeios culturais, atendimentos às famílias, ações comunitárias, dentre outras. Tem como base para suas ações a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, resolução nº 109, de 11 de Nov de 2009 do Conselho Nacional de Assistência Social, que visam o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários; e o Estatuto da Criança e do Adolescente como base para o desenvolvimento integral e defesa e garantia de direitos. Por pressupostos teóricos, buscamos dialogar com diferentes autores, dentre eles Paulo Freire e Edgar Morin. A concepção e aplicabilidade do pensamento complexo proposta por Morin é essencial para compreender o desenvolvimento integral da criança e do adolescente, visto que o ser humano é a um só tempo físico, biológico, psíquico, cultural, social, histórico. Para Morin, esta unidade complexa da natureza humana, o que muitas vezes é totalmente desintegrada na educação por meio das disciplinas, é possível ser restaurada uma vez que cada um tome consciência de sua identidade integral, e para que isso ocorra, é necessária uma transformação na forma de se educar. Compreender que este sujeito é muito mais que a soma das partes, tem feito muita diferença na práxis da organização, visto que as ações são propostas mais integradas e o olhar para o desenvolvimento do educando tem sido sistêmico. Buscando a dialogicidade, a reflexividade e a autonomia nos recorremos a base da pedagogia de Freire. Para Freire, o educador não é o dono do saber e o educando um espectador com o único intuito de receber informações que não detinham. A metodologia desenvolvida na Passos da Criança distancia-se da educação denominada bancária e sem possibilidades de críticas reflexivas, pois busca desenvolver o diálogo com as crianças e adolescentes, como propõe Freire. Muitas são as expressões de violações de direitos vivenciadas pelos educandos atendidos pela Passos da Criança, sejam na comunidade ou na própria dinâmica familiar. Desta forma percebemos a importância de se trabalhar de forma integral este sujeito e com várias linguagens socioeducativas, artísticas e culturais, e o quanto estas contribuem significativamente para redução das vulnerabilidades sendo uma excelente estratégia na formação sociocultural e de transformação pessoal e social.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

OS PROCESSOS CONSTITUTIVOS DAS EDUCAÇÕES SOCIAL E NÃO FORMAL

KARIN GERLACH DIETZ
Pretende-se, neste trabalho, esclarecer como se desenvolveu as educações social e não formal. Utilizou-se o materialismo histórico-dialético para a leitura e análise do tema, adotando-se a concepção de que a história é a história da produção humana. Foi feita, para este trabalho, uma revisão integrativa de textos que abordavam o tema. Duas histórias diferentes foram levantadas e serão expostas: a da Pedagogia Social (teoria que embasa a educação social) e da educação não formal. Muitos são os precursores da Pedagogia Social apontados: Platão, Immanuel Kant, Johann Heinrich Pestalozzi, Friedrich Wilhelm August Fröbel e Iohannes Amos. Consegue-se deduzir, estudando a sua matriz teórica, a corrente filosófica idealista como um possível componente. Sobre o termo Pedagogia Social, tem-se o registro que fora utilizado pela primeira vez por Mager, em 1844. Somente em 1850, o conceito de Pedagogia Social foi definido por Diesterweg. Na Alemanha, consideram-se três fases da história da Pedagogia Social: a primeira, vinculada a Natorp e a sua concepção de Pedagogia Social, reclassificada pelos autores como Pedagogia Sociológica; a segunda, iniciada por Nohl, que considera a Pedagogia Social como disciplina integrada à Pedagogia Geral; e a terceira, que se inicia a partir de 1945 e é marcada por um aprofundamento metodológico e conceitual do tema. Nota-se que a Pedagogia Social foi descrita sob diversas perspectivas, mas não se consegue precisar como chegou ao Brasil e qual delas é a adotada. A referência que se faz atualmente, muito comumente, não é a de autores estrangeiros, mas, sobretudo, a Paulo Freire. Sobre a educação não formal, autores citam Coombs, diretor da UNESCO na época, e o seu livro ‘The World Educational Crisis: A Systems Analysis’, de 1968, como um marco para a educação não formal. Relata que as atividades deste campo, por terem muitas combinações e serem pouco claras, são de difícil classificação. Salienta que sua clientela é pouco definida, seu surgimento é espontâneo e a responsabilidade por sua administração, coordenação e manutenção divide-se entre o público e o privado, o que impede um planejamento sistemático de suas metas e diretrizes. Coombs (1986) assinala que os objetivos da educação não formal, em países em desenvolvimento, como o Brasil, seriam de dar acesso a agricultores, operários e pequenos comerciantes a um conjunto de habilidades e conhecimentos “a serem utilizados em benefício de seu próprio desenvolvimento e de seu país” e também de melhorar a capacidade de pessoas já qualificadas. No Brasil, a educação não formal passou a ter destaque nos anos de 1990, devido às mudanças na economia, na sociedade e, em função disso, no trabalho, passando-se a exigir uma aprendizagem de habilidades extraescolares. Apresenta-se a educação social e a educação não formal como tendo bases diferentes, porém ambas estão atreladas à conjuntura política e econômica de seus países de origem e têm, em seus fundamentos, conceitos idealistas e ideológicos bem consistentes. Em função disso, o esclarecimento de seus processos constitutivos permite a desnaturalização e a possibilidade de superação das teorias que baseiam as atividades realizadas nesta área.

Estratégias de formação de ed.sociais / Education, strategies of the social educators

(FORM)AÇÃO DE EDUCADORES E EDUCADORAS SOCIAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIAS.

TALITA TROLEZE DE TOLEDO
A Educação Social historicamente vem buscando (re)conhecer seus saberes através da sua relação com a sociedade. Atualmente, tal ação se dá através dos educadores e educadoras sociais, cujas áreas de formação se apresentam de formas diversas. Esta diversidade de saberes produzem conhecimentos múltiplos e possibilitam uma amplitude nos campos de atuação,pesquisa e estudos, diversificando assim, os vários espaços de ação.
A profissão do educador e educadora social está fundamentada no reconhecimento e defesa dos direitos humanos, sendo uma intervenção educativa que produz reflexos na vida e no contexto do ser humano, desta forma acredita-se que os profissionais necessitem de uma formação adequada e coerente com a prática que propõem.
O GEPPES nasce a partir do olhar e das experiências de educadores sociais, com o objetivo de discutir e pesquisar metodologias de atuação nesse campo, oferecendo espaços de trocas de experiências e visando articular práticas contemporâneas em Educação Social. O grupo é coordenado atualmente por Paulo Silva – Educador Social, Coordenador de Projetos Sociais – Pós graduando em arte educação pelo IBFE – Instituto Brasileiro de Formação de Educadores; Thaís Mello, educadora social e graduanda em pedagogia e Talita Troleze, educadora social e psicóloga.
Os principais objetivos são: promover (form)ações na área da educação social e divulgar as possibilidades de atuação que se baseiam em práticas libertárias; capacitar educadores e educadoras sociais e pessoas a fins de atuar na área; apresentar e socializar projetos em Educação Social; pesquisar e discutir práticas metodológicas no campo da educação social e favorecer espaços de atuação em Arte Educação.
Como metodologias principais o Geppes adota exposição dialogada, rodas de conversa e vivências em arte educação. As (form)ações oferecidas procuram apresentar conceitos teóricos da área mas aprofundam-se nas práticas e vivências dos participantes.
Entre o segundo semestre de 2016 e o presente momento foram desenvolvidas atividades como:
• Identidade e Saberes: (Form)Ação de Educadoras e Educadores Sociais, oferecido como curso livre na cidade de Campinas, tendo como eixos principais de discussão a História da Educação Social no Brasil;Categoria Profissional (CBO); Espaços de Atuação Profissional;Projetos de Educação Social;Educação como Prática de Liberdade (Paulo Freire);Arte Educação e suas Diversas Linguagens;Papel Mediador do Educador com Crianças e Adolescentes e Expressão Corporal.
• Formação para os educadores e educadoras sociais dos CRAS de Itapevi/SP, abordando O lugar da Educação Social no Brasil; Competências do Educador e Educadora Social e Arte Educação: algumas possibilidades.
• Revitalizando Saberes CECOIA – Roda de Conversa com o tema “O papel do educador social”.
• Formação para os agentes da promoção social em Mogi Guaçu, sendo abordado os temas Identidade e Cidadania; Expressão Social e Intervenção Urbana;Participação Social e Projeto de Vida e Oralidade e Resgate da História Pessoal.
Espera-se continuar desenvolvendo (form)ações na área da educação social, voltadas principalmente para a discussão da identidade dos profissionais que atuam neste setor, a fim de abarcar diversas experiências existentes em nosso cotidiano de trabalho, assim como, diversos contextos em que o educador social atua.

Identidade de ed.sociais / Identity of the social educators

PROJETOS EM EDUCAÇÃO SOCIAL – CRAMI CAMPINAS

PAULO ROBERTO MARCIANO DA SILVA

O Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância – CRAMI é uma Organização da Sociedade Civil conveniada à Prefeitura de Campinas para execução do Serviço Especializado de Proteção Social a Família. Psicólogos, assistentes sociais e educadores sociais referenciam 270 famílias em situação de violações de direitos. O trabalho interdisciplinar busca favorecer a atenção, acolhimento e vínculo auxiliando no empoderamento e contribuindo na ressignificação e condições de autonomia.
A proposta da Educação Social é promover às famílias um lugar de convivência, pertencimento e descoberta de possibilidades. A troca de saberes e de experiências entre o educador e educandos contribuem na reflexão sobre as situações cotidianas vivenciadas, expressões de sentimentos e desejos, ampliando a visão de mundo e o reconhecimento como cidadão da sociedade.
METODOLOGIAS
> Projetos em Educação Social com foco direcionado aos públicos do serviço e da comunidade.
> Grupos de arte-educação
> Grupos socioeducativos
> Atendimento individual crianças, adolescentes, jovens e adultos.
> Ações de mobilização (culturais, assistenciais, educação, entre outros).
> Projetos nos territórios (jiu-jitsu e capoeira)
> Visitas domiciliares junto às equipes.
Realização de projetos e eventos culturais para a comunidade.
GRUPOS E PROJETOS
Desenvolvemos 7 ações e projetos socioeducativos que trabalham com crianças, adolescentes, famílias e idosos.
Grupo de Adolescentes e Jovens;
Objetivo é proporcionar um espaço de reflexão, acolhimento, trocas e vivências que favoreçam a construção dos projetos de vida, através de discussão de temas voltados a adolescência, cidadania, violação de direitos, gênero, sexualidade, cultura entre outros.
Grupo de Famílias Viver Bem;
Espaço dedicado ao acolhimento, convivência e troca entre os participantes utilizando de metodologias voltadas a atividades artesanais, externas e rodas de conversas.
Projeto Jiu Jitsu;
Um espaço de diálogo como ferramenta socioeducativa e troca criativa. Crianças, adolescentes e suas famílias trazem para dentro do tatame expressões do cotidiano. A ludicidade deste esporte contribui na ressignificação da violência através do corpo.
Projeto Brincando na Roda – Capoeira
Espaço de diversidade cultural e compartilhamento de saberes entre os participantes. A atividade desempenha um papel significativo na comunidade. A roda de capoeira se apresenta como um lugar democrático de inclusão, igualdade social e cidadania.
Balaio de memórias;
O projeto visa resgatar a importância da memória autobiográfica com suas raízes e a preservação das histórias afetivas, visando à garantia de direitos prevista pelo Estatuto do Idoso, utilizando como metodologia a oralidade e a construção de um documentário.
CRAMI Cultural;
O projeto tem por objetivo ampliar as ações em Educação Social através de acesso aos bens artísticos, culturais e de lazer. Para isso, a metodologia usada é a visita a espaços como museus, teatros, parques, espaços socioambientais e oficinas em diversas linguagens artísticas como forma de ampliar seu repertório cultural, fortalecendo os vínculos entre os participantes.
Projeto Fazendo Arte;
É um projeto voltado para crianças com o objetivo de estimular a criatividade, valorizar o brincar, a cultura, o lazer e a interação delas com os adultos. São realizadas através de oficinas em Arte Educação em suas diversas possibilidades.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

A (RE) CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DE UMA EDUCADORA E DE UM EDUCADOR SOCIAL A PARTIR DE SUAS TRAJETÓRIAS DE VIDA

FLAVIA GASPARIN
A investigação tem como problemática discutir como o/a educador/a social (re) constrói sua identidade pessoal e profissional ao longo de sua trajetória de vida? Esse foco orienta os objetivos da investigação, realizada no trabalho de conclusão de curso de Pedagogia da Universidade Federal do Paraná: 1) Identificar motivações que levaram o/a educador/a social escolher esta profissão; 2) Identificar os processos de formação/autoformação na prática desses profissionais; 3) Identificar e discutir suas perspectivas em relação a esta profissão. A abordagem metodológica da investigação é qualitativa (LUDKE; ANDRÉ, 1986) buscando estabelecer relações iniciais com o Pensamento Complexo sistematizado por Edgar Morin (2011). Nesta investigação a ênfase é a metodologia autobiográfica (SOUZA, 2007; JOSSO, 1988, 2007, 2012; DOMINICÉ, 1988; PUYANA; BARRETO, s/d). A metodologia de investigação fundamenta-se nos seguintes procedimentos: 1) revisão de literatura; 2) os sujeitos e seus espaços de atuação, sendo uma educadora social e um educador social que trabalham com crianças, adolescentes, famílias em situação de vulnerabilidade social e pessoas em situação de rua, com formação de nível médio e/ou ensino superior; 3) os instrumentos da investigação, sendo a entrevista semiestruturada de cunho exploratório (LUDKE; ANDRÉ, 1986; SZYMANSKI, 2008); 4) a apresentação e discussão dos resultados. Neste trabalho foi desenvolvido o tratamento dos dados buscando uma aproximação conceitual da análise compreensiva (PRETTO, 2011), que identifica dimensões e mecanismos que tenham influenciado as experiências do sujeito, considerando seu contexto histórico e social. A aproximação da análise compreensiva das histórias de vida permitiu encontrar as seguintes dimensões: 1) as motivações que levaram o educador e a educadora social a escolher e atuar nesta profissão e suas relações com a família, a comunidade, a instituição de trabalho, a cultura e as redes de proteção; 2) os processos de formação e autoformação na prática destes profissionais, marcada pelas experiências nos espaços de atuação, pela singularidade e coletividade, pelas condições de trabalho do/da educador/a na prática cotidiana e a autorreflexão e autoconsciência como prática e possibilidade formativa; 3) as perspectivas do/da educador/a social em relação a sua profissão revelam, a partir de seus relatos, percepções de insegurança, angústia e medo, e ao mesmo tempo afetividade, volição e amorosidade. A aproximação conceitual da análise compreensiva das duas entrevistas permitiu inferir que a identidade pessoal e profissional é marcada por um tempo e um espaço, que se modificam a cada geração, e que os/as educadores/as sociais reconstroem as suas identidades à medida que se sentem ou não pertencentes, negando certa identidade e/ou negociando no interior das relações outras identidades. As duas entrevistas demostram a possibilidade de construir processos de formação básica e continuada adequada às necessidades do trabalho socioeducativo, levando em consideração os valores, imaginação, crenças que se vinculam a uma essência intersubjetiva do/da educador/a social, com novos olhares epistemológicos, bem como de condições de trabalho favoráveis à construção de práticas reflexivas em seus ambientes de atuação que permitam pensar a realidade de forma complexa, transformadora e problematizadora.
Palavras-chave: Educadores/as Sociais. Identidade Profissional. Trajetórias de vida. Método autobiográfico.

Identidade de ed.sociais / Identity of the social educators

MIGRAÇÕES, DIVERSIDADE CULTURAL E MUNDO DO TRABALHO: DESAFIOS PARA A ATUAÇÃO DO EDUCADOR SOCIAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS

FÁTIMA BANDEIRA HARTWIG
Percebe-se que a migração interna é uma realidade presente no Brasil, porém na região centro-oeste, mais especificamente no Distrito Federal (DF), existe uma elevada diversidade cultural advinda de fluxos migratórios de todas as outras quatro regiões do país, principalmente devido à construção da cidade de Brasília nos anos 60.
É fato que muitas das pessoas que migraram para o DF, hoje fazem parte do público que busca a Educação de Jovens e Adultos (EJA), tornando-se tal modalidade de ensino um espaço que congrega trabalhadores de múltiplas realidades socioculturais e econômicas.
Além do fluxo migratório interno, o DF também vive um momento de fluxos migratórios internacionais, onde imigrantes de diversos lugares do mundo como Síria, Colômbia, Angola, Congo, entre outros, buscam melhores condições de vida e de trabalho, porém, recentemente, um dos fluxos mais expressivos foi o de imigrantes haitianos. Sobre isso, um dos fatores que pode ter contribuído é o terremoto que abalou o Haiti, em janeiro de 2010, deixando, para além das mortes registradas, milhares de pessoas deslocadas internamente, além das condições de vida precárias, corroborando para uma grande onda de emigração daquele país para o Brasil, sendo a cidade do Varjão um dos locais escolhidos pelos mesmos para viverem.
Considerando que a cidade do Varjão (Região Administrativa de Brasília) conta com apenas uma escola pública – Escola Classe Varjão- foi este um dos espaços que imigrantes e refugiados buscaram para ter acesso à Língua Portuguesa, por meio da EJA, compreendendo que o acesso ao idioma do país de acolhimento é um dos principais fatores para a efetiva integração em um novo país.
Uma escola que compreende a educação intercultural como capaz de desenvolver a capacidade de empatia e alteridade no relacionamento entre as pessoas, será capaz de incentivar seus alunos no respeito pelas diferentes identidades, costumes, culturas, religiões e etnias, aprendendo a aceitar as diferenças e percebendo a pluralidade como uma forma de enriquecimento da sociedade.
Compreendendo-se a riqueza que as trocas interculturais proporcionam e, ainda, o papel da escola nesse processo de diálogo com o outro, é fato que esta ação se enquadra no domínio da Educação Social, tornando-se pertinente refletir acerca da intervenção do profissional Educador Social e a importância do mesmo para propor formas de intervenção que venham suprir as necessidades e vulnerabilidades do público em questão.
Conforme Azevedo (2014), é papel do Educador Social explorar estratégias de promoção da inclusão nos ambientes de ensino, por meio de uma intervenção socioeducativa especializada, que seja pautada na escuta e no diálogo.
Para a autora, os Educadores Sociais devem trabalhar como mediadores na relação entre escola, família e comunidade, além de desenvolver planos de formação, voltados para toda a comunidade educativa, no âmbito preventivo de comportamentos de risco, como por exemplo, por meio da educação para a cidadania.
É com base neste pressuposto geral, e a partir de um conjunto de informações resultantes do processo de dar voz e ouvir as necessidades do público migrante, imigrante e refugiado, que busca a EJA da Escola Classe Varjão, que profissionais com formação em Educação Social pensaram em atividades interventivas para serem desenvolvidas na Semana da EJA, podendo, dessa forma, dialogar com a comunidade escolar a temática dos fluxos migratórios.
“O trabalho completo compõe embasamento teórico, objetivos, programação e atividades desenvolvidas durante a Semana da EJA de 2016, bem como os resultados alcançados”.

Ed.sociais na educ. jovens e adultos / Social Educators and the young and adults literacy

“QUANTO TEMPO VOCÊ MORA AQUI?”: REFLEXÕES DE UMA JOVEM, NEGRA E EDUCADORA SOCIAL.

BEATRIZ REGINA BARBOSA

Trata-se de um relato de experiência (s )e reflexões compartilhadas por uma jovem, educadora social, negra, que iniciou seu trabalho em um abrigo de adolescentes, em sua maioria negras e negros , localizado na cidade de Campinas- São Paulo . As experiencias trazidas à baila dizem respeito as representações sociais com relação a este corpo negro, jovem e feminino que encontra- se até o presente momento no lugar de educadora social, como as relações étnico-raciais interferem diretamente nas relações estabelecidas em minha formação (incessante) enquanto educadora social.

Ed.sociais e Feminismos, Genero e Diversidade / Social educators and feminisms, gender and diversity

ENSINAR A EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA PARA A SAÚDE COMUNITÁRIA NORTE-AMERICANA? FALTA LER VANILDA PAIVA

HELENE LAPERRIERE

Vários acadêmicos norte-americanos vinculados à saúde comunitária encorajam o uso da educação emancipatória. Nesse sentido, frequentemente fazem referência à proposta de educação dos oprimidos de Paulo Freire, ainda que sem maiores considerações e detalhamentos. O objetivo de nosso trabalho é debater questões relativas às correlações entre processo de tomada de consciência critica, epistemologia popular e indução da verdade. Como método, usaremos a releitura dos trabalhos de Vanilda Paiva, relativa ao que ela designou populismo pedagógico universitário. Abordaremos também a gênesis das ideias da educação popular no Brasil (e.g. Alvaro Vieira Pinto) refletindo sobre as contradições com as concepções e práticas contemporâneas.

Papel de ed.sociais no campo da saúde / The role as social educators in the healthcare field

PROJETO HISTÓRIAS PARA INCLUSÃO: IMPACTOS PARA A FORMAÇÃO SOCIAL DO PEDAGOGO

ROSA VIRGINIA WANDERLEY

Este artigo compartilhará experiências e resultados do projeto social Histórias para Inclusão que desde 2012 firma parceria entre a Apae/Indaiatuba e o curso de Pedagogia da Faculdade Max Planck em que os alunos do curso por meio da contação de histórias interagem com as crianças atendidas pelo ambulatório, agregando valor à sua formação, se utilizará de pesquisa bibliográfica e documental para descrever o projeto e atividades geradoras de impactos tanto para pacientes envolvidos quanto para os alunos participantes demonstrando a importância desta proposta de intervenção social.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

DIREITOS HUMANOS: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA E POSSÍVEL DESDE A INFÂNCIA.

ANA CAROLINA COSTA SIMÕES

O Curumim do Sesc Santos é um projeto de educação não formal com crianças, integrante das ações do Sesc- SP. Em 2016, a partir de conceitos como alteridade e direitos humanos, visando uma necessária sensibilização das crianças em relação às histórias de moradores de rua, foram desenvolvidas oficinas de contação de histórias. A partir do trabalho do coletivo SP Invisível, eram feitas as narrativas sem as fotos de seus personagens, e as crianças eram convidadas a criarem a imagem do dono daquelas histórias através de pinturas. Ao final das oficinas, a questão da invisibilidade foi gritante.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

EL COMEDOR UNIVERSITARIO Y LAS PRAXIS DE EDUCACIÓN SOCIAL

ANA LAURA AZCURRA, GABRIELA FREDES, LEANDRO MOREA e TAPIA PAOLA SOLEDAD

El trabajo a presentar es el del Comedor Universitario de Mendoza participare junto con Leandro Morea, Soledad Tapia y Ana Azcurra en la exposición de Noelia de la Reta directre del comedor, luego colaboraremos con el profesor Massutti encargado del control de la Praxis en el comedor y finalmente expondremos la vicion del alumno que acompaño todos estos trayectos pero tiene su vicion de los mismos y aportaremos las miradas del grupo en el desarrollo de la praxis y nuestras sugerencias aporten y criticas Título, ” El comedor Universitario y las Praxis de Educación Social”

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

EL COMEDOR UNIVERSITARIO Y LAS PRAXIS DE EDUCACIÓN SOCIAL

MARÍA EUGENIA LUCERO

Esta iniciativa tiene como fin suscitar la concientización de las personas para mejorar la relación ambiente y calidad de vida, lo que impacta directamente en el cuidado de los recursos, en este caso mediante una experiencia llevada a cabo en la Universidad, comenzando a instalarlo en el Comedor donde asisten dos mil estudiantes por día, como “Comedor Ecológico”

Se trata de concientizar en las personas el uso responsable de los recursos con oficinas públicas saludables, mediante el consumo responsable de energía, reducción del uso del agua, reducción del uso del papel, clasificación y tratamiento de residuos, para luego trasladar la experiencia hacia el resto de la Universidad y Sociedad en su conjunto.

Este proyecto reafirma la idea del Comedor Universitario como un espacio de integración y socialización de hábitos y pretende incorporar a través de sus diferentes ejes, acciones que promuevan la formación de ciudadanos críticos y comprometidos, capaces de protagonizar acciones que respondan a la crisis ambiental emergente.

También el comedor amigable, accesible y cultural, como un espacio de encuentro de universitarios, un espacio de prácticas de la educación Social y de generación de espacio para el desarrollo y ejercicio desde las prácticas de los estudiantes de educación social.

Estratégias de formação de ed.sociais / Education, strategies of the social educators

A CENA HIP HOP NA CIDADE DE LEME/SP

DANIELE COSTA GONÇALVES

A pesquisa apresentada baseia-se nas expressões culturais do movimento Hip Hop brasileiro, assim como na realização de eventos de Hip Hop, com foco na cidade do interior de São Paulo, Leme, qual foi um dos maiores polos dessa cultura nos anos de 1990. O Hip Hop,além de ser um movimento cultural proveniente da periferia, também exerce funções sociais, levando os jovens moradores das favelas a conhecerem, participarem e fomentarem sua cultura, adquirindo conhecimento sobre assuntos que, pelo sistema social de menosprezo em que estão inseridos, não conseguiriam –principalmente lutar e resistir a favor de seus direitos que durante anos (e até nos dias atuais) são surrupiados ou manipulados –, além de afasta-los do mundo do crime e das drogas, conscientizando-os de que há outros caminhos além desses, e afirmando sua autoestima e que também são capazes e têm direitos como qualquer outro cidadão. O trabalho também aborda a questão dos negros no Brasil, seus meios de socialização e lazer desde o fim do século XIX até a contemporaneidade.

Atuação nos Campos da Cultura, Arte-educação e Lazer / Acting in the culture, art-education and leisure fields

ATUAÇÃO DOS EDUCADORES SOCIAIS DO PROJETO NEA-BC NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA

DANIEL LUIZ ARREBOLA, PRISCILA AMARO e LIANA ÉBANO

A educação ambiental vem crescendo e se consolidando no mundo com o crescimento da preocupação em inserir o aspecto ambiental nas análises e reivindicações dos movimentos sociais e políticas públicas. Seu conceito e as práticas que envolvem as atividades de educação ambiental hoje ainda se encontram em disputa, com algumas correntes que entendem a questão ambiental separada do social, outra que entende que seu objetivo se cumpre com a mudança de comportamentos, e outra que compreende a questão ambiental intrinsecamente relacionada às questões econômicas e sociais e, consequentemente, na atuação na sociedade. Nesta última corrente, da educação ambiental crítica, esta o projeto Núcleo de Educação Ambiental da Bacia de Campos, exigência de uma política condicionante aos empreendimentos da Petrobrás nesta região. Em sua equipe estão os educadores sociais, que atuam junto aos participantes do projeto, voluntários. Sua atuação se dá através do desenvolvimento de processos de ensino-aprendizagem junto aos comunitários que os permita desenvolver competências e habilidades que auxiliem na participação e intervenção na gestão pública. As práticas educativas utilizadas têm como referenciais Paulo Freire e Quintas. Este trabalho tem a proposta apresentar a atuação destes educadores em um ambiente desafiador de disputas políticas às políticas sociais e ambientais.

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

ARTICULAÇÕES ENTRE A PEDAGOGIA SOCIAL E A PSICOLOGIA SOCIAL NA PRÁTICA EDUCATIVA

JULIANA SANTOS GRACIANI

A pesquisa de Doutorado teve como objetivos refletir sobre a prática educativa a partir dos fundamentos da Pedagogia Social e da Psicologia Social, partindo do pressuposto que os aspectos teóricos e metodológicos destas podem contribuir para a compreensão da importância do ato de educar para a transformação, a participação e a emancipação pessoal e social dos envolvidos. Foram analisadas 105 práticas educativas do Programa Integração AABB Comunidade, implantado nas cinco regiões do Brasil, a partir de três categorias da Psicologia Social (Participação Ativa, Fortalecimento dos Vínculos Afetivos e Impacto Comunitário) e dos quatro domínios da Pedagogia Social (Epistemológico, Sociopedagógico, Sociocultural e Sociopolítico). Concluímos que as práticas educativas incentivaram as ações artísticas, culturais, esportivas, ambientais, de complementação socioeducacional e de cidadania, favorecendo ao exercício pessoal, familiar e comunitário de propostas educativas que produzem transformações na realidade vivida individualmente e em sociedade, aspectos estes que transversalizam os fundamentos teóricos e práticos da articulação entre as ciências Pedagogia Social e Psicologia Social frente à prática educativa.

Palavras-chave: Pedagogia Social, Psicologia Social Comunitária, Participação, Cidadania e Criticidade.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

O EDUCADOR SOCIAL E O ACOLHIMENTO DE ADOLESCENTES VÍTIMAS DA CRIMINALIDADE URBANA

LEANDRO DE SOUZA ALMEIDA – ESTUDANTE, ROSÁLIA DO SOCORRO DA SILVA CORREA – DOUTORA, UNAMA, BELÉM, PARÁ, BRASIL

Este trabalho é fruto de uma experiência pessoal em Unidade de Acolhimento institucional da Região Metropolitana de Belém–PA que acolhe adolescentes envolvidos com o trafico e uso de drogas, pessoas que a sociedade rotula como autores de violências. São aqueles que produzem o reflexo de suas vivencia de exclusão social e de falta de oportunidades, numa sociedade que ainda não abandonou o pré-julgamento e ainda ignora a sua responsabilidade frente às mazelas sociais. Diante da demanda de acolhimento de adolescentes, vitalizados pela criminalidade, observa-se o importante papel do educador social, que ultrapassa o atendimento relacionado ao cuidado e desperta para a necessidade de garantir aos usuários da instituição diretos e deveres atribuídos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, uma lei de 1990, e que ainda não alcançou ampla efetividade. Ressalta-se, nesse contexto, a experiência junto a um adolescente que foi acolhido em decorrência das ameaças de morte sofridas, depois que escapou de uma chacina em um município do Estado, que culminou com a morte de quatro adolescentes, sendo que este adolescente só conseguiu escapar da situação perigosa porque fingiu que estava morto. Após o episódio buscou refugio na casa dos familiares que o rejeitaram, por esse motivo procurou a proteção do Conselho Tutelar, o qual tomou as devidas providências para proteger a vida do adolescente. Posteriormente foi acolhido na Unidade referida e, com base nas regras da instituição foram feitos os devidos procedimentos. Visivelmente perturbado em decorrência da situação traumática que vivenciou, na primeira noite que passou na Unidade o adolescente não conseguiu dormir, ocasião em que decidiu relatar toda sua trajetória de violência e vivencia no mundo da criminalidade e drogadição. O relato foi ouvido com atenção, mas vale mencionar o quanto é importante ter cuidado e atenção para com os adolescentes que tiveram seus diretos violados, porque estes carregam sentimentos muito contraditórios, como resultados que todos os problemas que enfrentaram ao longo de suas vidas. Portanto, cabe ao educador social, não só despertá-los para uma nova expectativa, mas direcioná-los para a busca de uma nova história.

Identidade de ed.sociais / Identity of the social educators

BARRAGEM DO GUAPIAÇU: UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA

JOÃO RICARDO ASSIS DA SILVA

No município de Cachoeiras de Macacu, a questão da água sempre levou a debates e disputas regionais, embora o tema venha sendo discutido de forma pontual nas escolas e poucas ações em educação ambiental e preservação dos recursos hídricos tenham sido implementadas pelo poder público. Esse trabalho tem como objetivo registrar como conceitos de E.A. são assimilados em comunidades afetadas, e como os movimentos sociais atuam como vetores propagadores da E.A. Em meados de 2011 a comunidade de Serra Queimada no município de Cachoeiras de Macacu – RJ, viu-se alarmada pela reativação de um antigo projeto de barragem na região, agora o objetivo desse empreendimento seria para aumentar o fornecimento de água para as regiões de expansão urbana a serem criadas no entorno do COMPERJ, bem como para ampliação da oferta de água para toda a região metropolitana. A execução do projeto implicaria no alagamento de grande área produtiva, estradas áreas de preservação e comunidades. Na tentativa de estabelecer um debate comunitário sobre esse tema foi criada juntamente com membros da comunidade e professores do C.E. Maria Zulmira Torres a SCOM (Sociedade Civil Organizada Macacu), com intuito de debater as formas de intervenção e impactos de empreendimentos como esses nas comunidades. Foram instituídos até o momento 5 FÓRUNS de debate onde foram introduzidos conceitos das ciências ambientais tais como: Desenvolvimento Sustentável, Ciclos hidrológicos e biogeoquímicos, Mudanças climáticas, Cadeias e Teias alimentares, etc. Ao longo dos FÓRUNS foram verificados uma intensa mobilização popular e um grande interesse em compreender esses conceitos por parte da população local, em ambiente não escolar. A expectativa é que esteja sendo implementada uma Educação Ambiental Significativa perante a um estado social de conflito e emergência sócio ambiental, principalmente com a iminência da privatização da CEDAE – Companhia Estadual de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro para o ano corrente. O que se verifica é uma crescente politica de privatização desse importante recurso, bem como ocupação dos sistemas geológicos e territoriais que garantem a produção desse recurso. Esse trabalho contribuiu para o relatório Incid sobre O Direito à Água publicado em 2016.

Ambientalismo e ed.sociais / Environmentalism and social educators

APLICATIVO CULTURAL DA REGIÃO CACAUEIRA

ALEXANDRE BATISTA REIS

Este projeto surgiu da necessidade imanente de estruturar um eixo comunicacional com todos os artistas, entes, produtores culturais, associações, coletivos e/ou organizações que anseiam por conhecer e integrar-se numa rede de saberes e fazeres artísticos e culturais do Litoral Sul da Bahia. O gerente do projeto de Tecnologia Informação Cultural propõe um mapeamento visitando pessoalmente as localidades e convidando todos os subgerentes identificados enquanto artistas, entes, produtores culturais, associações, coletivos e/ou organizações interessados no desenvolvimento desta ferramenta que participa do ambiente da Cultura com a finalidade de preservar e divulgar, de forma efetiva, a manutenção desta rede de saberes e fazeres identitários, artísticos e culturais. O objetivo principal do Aplicativo Cultural da Região Cacaueira será alcançar um cronograma efetivo das manifestações culturais (destes subgerentes ) no Território Litoral Sul constituído a partir da sua especificidade, com base no sentimento de pertencimento de suas comunidades. O gerente do projeto de Tecnologia de Informação Cultural deseja encontrar subgerentes que estejam entusiasmados com a implantação a partir de um marco de investigação-ação em educação social. Priorizam-se os indivíduos, coletivos, organizações juridicamente constituídas(os) sem fins lucrativos com ações socioculturais que não obtiveram visibilidade nacional e/ou internacional, entidades associativas de setores culturais e artísticos ou outras representativas que atendam os interesses do projeto para que alcance, dentro de alguns meses, o Termo de Compromisso entre a Contemplo Cia de Dança e o subgerente interessado no projeto de tecnologia da informação aqui proposto. O Aplicativo Cultural da Região Cacaueira apresentará um portal contemporâneo e atualizado visando proporcionar um software a ser desenvolvido para ser instalado em dispositivos eletrônicos móveis.

Tecnologias de Informação e Comunicação e midialivrismo / Information and communication technologies and the free medias movement

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA JUVENTUDES E MOBILIZAÇÃO SOCIAL EM CAMPINAS

WISLLAYNE IVELLYZE DE OLIVEIRA DRI

A REAJU é uma rede Interinstitucional e intersetorial com representantes de organizações não governamentais e governamentais, que discutem, refletem e fomentam a construção e a melhoria da qualidade das políticas públicas para juventude, sob a perspectiva de incidir em políticas para promover os direitos já estabelecidos constitucionalmente à juventude.

Desde 2014 essa rede vem estudando e trabalhando os processos Mobilização Social, como uma forma de promover a participação das juventudes na construção de políticas públicas no município de Campinas. O coletivo está ancorado no conceito e pressupostos de mobilização social como forma de construir e planejar na prática espaços e ações de mobilização, participação, educação social, cidadania e democracia. A mobilização ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade ou a sociedade, age com objetivos comuns, convocando vontades sob os sentidos compartilhados, essa participação deve ser um ato livre, pois nesses coletivos todos são responsáveis e capazes de provocar e construir mudanças em esferas micro ou macro, toda mobilização é para alcançar algum objetivo, definido pelo coletivo (TORO; WERNECK, 2007).

A política nacional de Juventude é intersetorial e de direito, deve ser norteada pelos princípios propostos no Estatuto da Juventude, Lei 12.852 de 2013, que considera jovem a faixa etária de 15 a 29 anos e não trazem apenas conceitos e diretrizes de ações, mas sim podem (re)desenhar a concepção de jovem na sociedade, enquanto sujeitos autônomos e ativos na formulação, avaliação e implementação das políticas destinadas a eles, (SPOSITO, 2003).

Nesse cenário, o jovem enquanto ser humano é um sujeito ativo, socio-histórico, que vive em constante movimento e transformação. Se constitui através das relações sociais, dos aspectos subjetivos e objetivos culturais, econômicos e políticos. Sujeito é um ser social, que interpreta e dá sentindo ao mundo, as relações sociais e a posição que ocupa, a partir de sua historicidade e singularidade. Logo, o sujeito vive uma relação dialética com o mundo, pois ao mesmo tempo que o transforma é transformado por ele, (DAYRELL). Portanto, o jovem é um sujeito de direitos e um ser político, com especificidades e peculiaridades a essa época da vida, que devem ser consideradas e garantidas. Fase esta não limitada apenas pela idade, mas oriunda de construção social, cultural, emocional, política e econômica. Apesar de ser definida socialmente e existir uma lei nacional não significa que ela é valorizada e reconhecida na prática. Dito isso é importante pontuar que a terminologia utilizada pela REAJU é Juventudes, pois reflete a diversidade que é ser jovem, pois não existe a priori e apenas uma juventude, mas sim diversas de diferentes contextos.

Sendo assim, esse coletivo promove diversas ações no âmbito da educação social com foco na construção de políticas públicas para juventude em Campinas, as principais são:

Projeto piloto: Experiências educativas inovadoras, na busca de qualificar a relação educador e educando em organizações de Campinas que atendem jovens, ampliando as possibilidades e atuação do jovem.

Rede de juventudes: Reunir os jovens para refletir e propor ações que fortaleçam as políticas para a juventude de Campinas.

Movimentos sociais e grupos comunitários / Social movements and community groups

1ª MOSTRA DE ARTE URBANA ADOLESCER – CPTI – CENTRO PROMOCIONAL TIA ILEIDE

LEANDRO FERREIRA DOS SANTOS

Foi um projeto realizado em 2016 no CPTI- Centro Promocional Tia Ileide – Campinas com participação de cinco integrantes da oficina de graffiti, ministrada pelo educador Leandro Kranium.

O projeto surgiu da necessidade de dar ênfase ao trabalho artístico e autoral  que os adolescentes vinham desenvolvendo nas oficinas de graffiti e proporcionar novas vivências e experiências e ampliar conteúdos como visão de mundo, arte e cultura.
O projeto consistiu na realização de uma exposição com trabalhos dos educandos, denominada 1ª Mostra de Arte Urbana Adolescer.
Um dos objetivos era que a mostra tivesse os mesmos padrões das exposições “profissionais”, com local e estruturas adequadas, obras de qualidade, abertura e etc.
Outros objetivos eram realizar pesquisa, estudo do meio, trabalhar o protagonismo e ampliar as vivências artísticas e culturais dos educandos. E também proporcionar a integração com outras atividades que acontecessem no espaço frequentado pelos adolescentes.
Resultados Alcançados
O projeto alcançou resultados e proporções imensuráveis. Teve um processo completo, desde materiais em abundância, tempo para trabalhar com o grupo, estudo do meio e local adequado para a exposição, proporcionando uma experiência única e intensa.
A realização de estudo do meio (visitas a galerias e atelier de artistas e espaços relacionados à arte urbana) foi essencial para ampliação do conteúdo artístico e cultural.
Os educandos tiveram a oportunidade de ir para São Paulo conhecer o grafiteiro e educador Dingos e seu projeto Casa da Sogra e ainda visitar sua exposição na Fenac Pinheiros-SP. Falar diretamente com o artista e ouvir toda sua história e experiência de 26 anos de graffiti, foi muito rico. E ainda tiveram a oportunidade de visitar sua exposição acompanhados pelo próprio artista que narrou todo o processo, desde a concepção das artes, técnicas, suportes, valores e outras curiosidades, deixando a experiência mais rica e interessante.
Também visitaram a galeria A7MA, especializada em arte urbana. Viram de perto diversos trabalhos de artistas renomados e expoentes, conheceram diversas técnicas e suportes utilizados pelos artistas e também aprofundaram o conhecimento em relação ao mercado das artes e a parte profissional dos artistas.
Ainda como parte do estudo do meio, os educandos conheceram o Beco do Batman -SP, um local muito importante para o inicio do graffiti no Brasil e muito significativo para os dias atuais. Um local que se tornou de forma orgânica, uma galeria a céu aberto e uma vitrine para os artistas “exporem” seus trabalhos. Hoje é um ponto turístico e recebe muitas visitas de estrangeiros.
Um desdobramento interessante no projeto da Mostra foi à integração com o grupo do blog “Ôh Geral” atividade de mídia que é ministrada pelo educador Carlos no CPTI. O blog fez a cobertura de todo o passeio, registrando e eternizando momentos importantes.  O grupo do Blog teve um papel importante neste processo e também um ganho muito grande, pois seus integrantes, além de participarem das experiências vivas,  atuaram em um novo território e se depararam  com novas situações para explorar e aprimorar questões técnicas da linguagem  presentes na atividade de mídias.
Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

EDUCAÇÃO SOCIAL E PROTAGONISMO JUVENIL NO COMBATE ÀS VIOLÊNCIAS SEXUAIS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

VANESSA DE ARAÚJO SOUZA/ FRANCINE ROMERO ACORSI/ CARLOS SILVA

O artigo 1º da Lei 9.970 institui o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes e, desde então, a sociedade civil promove diversas ações de conscientização da gravidade da violência sexual e para defesa dos direitos de crianças e adolescentes, em todo território nacional.
Para tanto, existe uma série de diretrizes no que tange o enfrentamento da questão da violência sexual infanto-juvenil; a Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece em seu artigo 3º que “todo individuo tem direito à vida, à liberdade e a segurança pessoal”; o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 5º preconiza “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.”; e ainda, determinados artigos do Código Penal.
Não obstante a todo esse aparato normativo, diariamente somos surpreendidos com noticias de graves violações de direitos, violências, negligências e abusos contra crianças e adolescentes, muitas vezes cometidos pelas mesmas instituições e pessoas que deveriam cuidar de sua integridade e vida, fatos estes que, se chegam a publico, revelam a estrutura social com limites de violência culturalmente tolerados, o que naturaliza uma violência silenciosa, ampla e complexa.
A fim de possibilitar romper com o ciclo da violência sexual contra crianças e adolescentes e desconstruir a naturalização dessa violência, faz-se necessário que o Educador Social, para além da assimilação de conceitos referentes ao tema, transforme sua maneira de agir em relação ao adolescente e assuma um compromisso ético com essa pessoa em situação peculiar de desenvolvimento e, assumindo esse compromisso ético, optar pela realização de projetos socioeducativos que tenham como essência o protagonismo juvenil, assumindo, assim, seu posicionamento político para a construção de uma sociedade que efetive os direitos de crianças e adolescentes.
Sendo assim, tem-se por objetivo o relato de experiência do trabalho socioeducativo com adolescentes, no desenvolvimento de ações que contribuam para a conscientização, sobretudo do próprio jovem, da problemática da violência sexual e suas formas de combate. Além de propiciar um diálogo horizontal, onde esses jovens envolvidos com a problemática se tornem replicadores do processo formativo. Tal processo foi desenvolvido no cerne das ações para o ato do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na cidade de Campinas e ações paralelas que visaram o protagonismo dos jovens, como a organização e execução do evento Fita Tela, em parceria entre Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e Organizações da Sociedade Civil (OSC), que resultou também na construção, pelos próprios adolescentes, do FanZine com a temática do 18 de maio e, anteriormente a esse processo, produção do documentário expositivo que fala sobre o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, foi executado por jovens do projeto de mídia que é realizado na instituição. Registrando as ações feitas por coletivos do terceiro setor, roteirizando o argumento em base ao tema e aos registros, por fim montando em conteúdo áudio visual.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

PROJETO NOVO AMANHECER – CPTI: RESSIGNIFICAÇÃO E ENFRENTAMENTO A CULTURA DA VIOLÊNCIA

LEONARDO LOPES FERREIRA
A prevenção as violências é um desafio aos profissionais que atuam nos serviços de atendimento da política de Assistência Social. Presos a lógicas burocráticas, os serviços por vezes ao invés de garantir, violam direitos. Baseado na reflexão critica a cerca do problema com vistas ao fortalecimento de crianças, adolescentes, famílias e profissionais o Projeto Novo Amanhecer é uma experiência de educação social voltada ao enfrentamento da cultura da violência na região norte de Campinas.

Estado, Políticas públicas e ed.sociais / State, public policies and the social educators

MENINOS ROMÂNTICOS: “OLHARES SOBRE UMA EXPERIÊNCIA POÉTICA NA CONVULSÃO DO UNIVERSO DAS RUAS”

LEONARDO LOPES FERREIRA

O Zine Meninos Românticos foi um projeto de incentivo a leitura e escrita poética junto a meninos e meninas em situação de rua no município de Campinas/SP entre os anos de 2007 a 2010. Palavras chave: Educação Social; Situação de Rua; Crianças e Adolescentes; Zine; Fanzine; cultura; contra cultura.

Atuação nos Campos da Cultura, Arte-educação e Lazer / Acting in the culture, art-education and leisure fields

ESTUDOS SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO MARACATU DE BAQUE VIRADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

MICHELE TÁVORA JULIO

A criança quando brinca, se movimentando e cantarolando, descobre seu próprio corpo, o mundo e se reinventa a cada novo desafio que lhe é proposto. Nesse processo relaciona-se com a cultura e o mundo em que vive e desvenda a cada dia, dando significado a ele. Esta pesquisa tem como objetivo investigar, descrever e refletir sobre a rotina das crianças do Ponto de Cultura da Nação de Maracatu Porto Rico, localizada na Comunidade do Pina em Recife-PE, a fim de compreender com mais apreço as particularidades da construção da identidade destas crianças.

Movimentos sociais e grupos comunitários / Social movements and community groups

TV E INFÂNCIA: CONTEÚDOS EDUCATIVOS NA MÍDIA TELEVISIVA PARA O PÚBLICO INFANTIL

ALUNA RAYSSA BERNARDO YAMANE AVILA ROSA E PROFª DRA. MARIA DA GRAÇA DE MELLO MAGNONI

A situação de deterioração do meio cultural da criança, independentemente do nível econômico e social dessa é facilmente perceptível, com destaque no mundo midiático, onde a produção, reprodução e consumo das imagens e mensagens se dá em velocidade e com atrativos inexistentes no passado não muito remoto. Essa situação deve constituir preocupação e atenção central não somente dos pais e profissionais cotidianamente envolvidos com as crianças, mas da sociedade e das suas instituições. A irresponsabilidade na elaboração de conteúdos na mídia audiovisual para o público infantil tem crescido de maneira veloz ao mesmo tempo que cresce o fascínio infantil por esses. Atualmente, apesar do avanço considerável das tecnologias informáticas, o rádio e a TV ainda mantêm ampla liderança como os meios eletrônicos mais populares, alcançando quase a totalidade da população brasileira e poderão se tornar ainda mais influentes, com os novos recursos que poderão absorver com o ingresso na “era digital” o que representa uma motivação para que encaremos o desafio de incorporar cada vez mais os novos meios audiovisuais nas iniciativas voltadas aos desafios da realidade educacional da sociedade brasileira. Outro aspecto relevante a ser destacado é o entendimento da televisão como valoroso meio de comunicação, portanto, um aparelho de transmissão ideológica, que demanda dos educadores em especial, cuidadosa atenção, investigação e atuação referente aos conteúdos produzidos e distribuídos através dos programas, principalmente os veiculados na rede aberta, acessível à maioria das crianças.
Palavras-chave: Criança, Educação, Televisão.

Tecnologias de Informação e Comunicação e midialivrismo / Information and communication technologies and the free medias movement

“PROJETO BEM-TE-VI”: EXPERIÊNCIAS COM ALUNOS DOS ENSINOS FUNDAMENTAIS I E II DA REDE PÚBLICA DA CIDADE DE VARGINHA (MG)

NATHALÍ APARECIDA FERREIRA SILVA

O projeto “Bem-Te-Vi”, criado em Varginha (MG), foi desenvolvido para atender alunos de baixa renda e/ou que sofrem exclusão social. No turno da manhã, é oferecido reforço escolar a estudantes dos ensinos fundamentais I e II, onde as principais atividades são o acompanhamento de deveres e demais dificuldades escolares. Nos períodos da tarde, ocorrem oficinas pedagógicas para pais e filhos. A meus olhos, o futuro e a qualidade da educação dependem de iniciativas como essas: o espaço é de aprendizagem para os alunos e de enriquecimento social para os voluntários que auxiliam no projeto.
Palavras-chave: Projeto Bem-Te-Vi. Ensinos fundamentais I e II. Varginha-MG.
Keywords: Bem-Te-Vi Project. Basic education I and II. Varginha-MG.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

PROBLEMATIZAR A AÇÃO SOCIOEDUCATIVA: A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL

DALTRO CARDOSO ROTTA, SIMONE DE OLIVEIRA

Na presente discussão, buscamos problematizar o processo de construção de um projeto político-pedagógico de uma instituição municipal de ação socioeducativa no campo da educação não formal.
A instituição que motivou nossa reflexão tem três décadas de intervenção, contando com cerca de 4000 crianças e adolescentes atendidos e 3 programas distintos no município de São José dos Campos/SP. Apresenta-se como um importante observatórios onde podemos delinear os caminhos das políticas referentes à criança e ao adolescente no Brasil. Na sua história, a instituição constituiu seus quadros pessoais e estruturais, saindo de uma sede nos anos 80 para 675 trabalhadores e 18 unidades em todas as regiões da cidade. Experimentou profundamente a tensão entre uma “Ordem Higiênica” constituinte dos espaços da cidade para uma “Ordem Cidadã”. Neste ponto nos referimos aos principais marcos legais do campo: a Constituição Federal de 1988, a lei 8069/90 ou ECA e a lei 8742/93 ou Loas. Destaco principalmente estes três marcos legais e discursivos, pois terão impacto direto na reorganização e compreensão, do que é ser sujeito no Brasil contemporâneo, da experiência de ser criança e adolescente e da sua posição frente a um Estado em franca transformação.
Esses foram os principais desafios para a construção de um Projeto Político Pedagógico, que dialogasse com as bases da instituição, seus atores – Educadores Sociais, alunos e trabalhadores administrativos – na tentativa de responder três questões fundamentais: Quem somos, o que queremos e para onde vamos?
Compreendendo os desafios de produzir um projeto político-pedagógico no campo da educação não formal – heterogêneo, múltiplo e fugaz – além disso, mediando tensões da âmbito das forças discursivas que pressionam a construção das políticas públicas, procuramos responder a uma demanda social urgente das cidades brasileiras, no que tangem a pobreza extrema e a violência de toda espécie.

Projetos socioeducativos e ed.sociais / Social-Educational projects and the socio educators

A CONSCIENTIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULAR E A CRÍTICA À PROPOSTA DE FORMAÇÃO HUMANA DO CAPITAL SOCIAL

HUMBERTO SILVANO HERRERA CONTRERAS E ÉRICO RIBAS MACHADO

O artigo busca identificar de como o processo de conscientização na perspectiva da educação popular é uma possibilidade de desreificação das relações sociais dadas pela lógica do capital. Para isso, define-se o conceito de conscientização em Lukács, e a partir do mesmo, estudar as contradições, limitações e potencialidades, que os conceitos de conscientização em Freire e de empoderamento na produção do capital social possibilitam. Objetiva-se mostrar de que os fundamentos da Educação Popular tal como foram propostos por Freire são incompatíveis à proposta societária do Capital Social. Identificar até que ponto são convergentes ou divergentes, mostrando assim, a insuficiência da concepção freiriana para negar a proposta de formação humana inerente ao Capital social, ao mesmo tempo em que se indica uma visão crítica e radical para se compreender os aspectos reificantes dessa forma de educação associada ao Capital Social.
Palavras-chave: Educação Popular. Conscientização. Capital Social.

Educação Popular e ed.sociais / Popular education and the social educators